PANDEMIA

Ministério da Saúde assegura que comprou mais 54 milhões de doses

O Ministério da Saúde encaminhou um contrato à Fundação Butantan, e foi assinado quatro dias depois do envio. Ele garantirá que o país tenha 100 milhões de doses da Coronavac.

Fernanda Strickland* Jailson R. Sena*
postado em 17/02/2021 19:47 / atualizado em 17/02/2021 19:48
 (crédito: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)
(crédito: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

Em meio à falta de doses em algumas cidades, o Ministério da Saúde assegurou mais 54 milhões de doses da vacina Coronavac contra a covid-19. Segundo o órgão, com as outras 46 milhões adquiridas anteriormente, é esperado que seja distribuído aos estados, até setembro, 100 milhões de doses da vacina, conforme contrato assinado na última segunda-feira (15/2) à noite, pela Fundação Butantan. Além da Coronavac, o ministério tem expectativa de receber, já no próximo mês, 20,7 milhões do imunizante da Oxford/Astrazeneca e, caso assinado o contrato com a empresa União Química, responsável pela Sputnik V, o país contará em março com mais 800 mil doses.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que enviou o contrato à fundação na quinta-feira (11/2). "Enviamos o contrato à fundação na quinta-feira passada e trabalhamos todo o fim de semana, e sem feriado também, esperando o contrato assinado”, informou o secretário executivo, Elcio Franco, lembrando que "o ministério tinha a opção de comprar essa remessa adicional da Coronavac até 30 de maio, como estava previsto no acordo que assinamos com o Butantan, em janeiro, para garantir 46 milhões de doses que, além de confirmadas, começaram a ser entregues em 18 de janeiro. Preferimos adiantar a confirmação para termos logo essas 54 milhões de doses”.

Enquanto a nova remessa não chega, em algumas capitais, o estoque durará apenas por poucos dias. Em Florianópolis, a ampliação da faixa etária para a imunização depende de novas doses. Caso isso não ocorra, pode haver uma interrupção nos próximos dias.

Já em Curitiba, a situação é semelhante à da cidade catarinense, mas por lá a aplicação das segundas doses, que teve início no último dia 10 e ontem começou a atender os profissionais de saúde da linha de frente no enfrentamento à pandemia, está garantida.

No Rio de Janeiro, o Ministério Público e a Polícia Civil investigam casos de aplicações de vacinas contra covid-19 com seringas vazias, ocorridos em Niterói, na Região Metropolitana, e em Petrópolis, região Serrana. Após os acontecimentos, o secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro e outras autoridades do estado fizeram recomendações para evitar que situações como essas se repitam.

Sem a chegada de novas doses para seguir a vacinação contra a Covid-19 no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes confirmou, nesta segunda-feira (15/2), em sua conta do Twitter, a interrupção da campanha a partir de terça. "Recebi a notícia de que não chegaram novas doses. Teremos que interromper amanhã nossa campanha. Hoje, vacinamos pessoas de 84 anos e amanhã de 83. Estamos prontos e já vacinamos 244.852 pessoas. Só precisamos que a vacina chegue. Nova leva deve chegar do Butantã na próxima semana."

Em Porto Alegre, a prefeitura estima que as vacinas acabem nesta quinta-feira (18/2). Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), restam cerca de 5 mil doses, o que seria suficiente para idosos com 83 anos ou mais, acamados, residentes de instituições de longa permanência e demais públicos-alvo recebam a imunização. Além desse gurpo, as pessoas que receberam a primeira dose da CoronaVac também têm a segunda dose garantida

Em Fortaleza, o estoque tem apenas 11 mil doses das vacinas, sendo 8 mil CoronaVac e 3 mil dos imunizantes feitos em parceria com a Universidade de Oxford. Essa quantidade não será suficiente para atender o primeiro grupo prioritário.

*Estagiários sob supervisão de Vicente Nunes

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