CORONAVÍRUS

Covid-19: Brasil registra 56.766 novos casos e 1.150 novos óbitos

Especialista explica que as consequências do carnaval e da falta de vacinas ainda serão sentidas no combate à pandemia

Fernanda Strickland* Natália Bosoc*
postado em 17/02/2021 20:26 / atualizado em 17/02/2021 20:27
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O Brasil caminha para as tristes marcas de 10 milhões de infectados e 250 mil mortes em decorrência da covid-19. Enquanto o número global de novas mortes sofreu uma queda importante na última semana, as taxas referentes ao país não acompanham a evolução global. Dados do Ministério da Saúde apontam que o país contou 56.766 novos casos e 1.150 novos óbitos em decorrência da doença nesta quarta-feira (17/2). Ao todo, o Brasil registrou 9.978.747 infectados e 242.090 mortes.

As regiões que apresentaram maior número de novos casos e óbitos nas últimas 24 horas, respectivamente, são: Nordeste (20.266 novas infecções e 177 novos óbitos); Sudeste (17.902 novas infecções e 562 novos óbitos); Sul (9.511 novas infecções e 158 novos óbitos); Norte (4.808 novas infecções e 131 novos óbitos); e Centro-Oeste (4.279 novas infecções e 122 novos óbitos). Atualmente, a taxa nacional de incidência por 100 mil habitantes é de 4748,5, enquanto a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes é de 115,2.

De acordo com o levantamento semanal da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a pandemia publicado na terça-feira (16/2), foram 81 mil mortes na semana no mundo, 10% a menos que nos sete dias anteriores.

No Brasil, a situação ainda vai se agravar muito por causa de falhas no processo de vacinação, dizem especialistas. O infectologista do Hospital das Forças Armadas (HFA) Hemerson Luz informou que pessoas que ainda não foram infectadas agora estão mais suscetíveis a entrarem em contato com o vírus. “Esse número de pessoas infectadas está crescente. Soma-se a isso o fato de estarem circulando algumas variantes (do novo coronavírus) que têm uma transmissibilidade maior”, declarou o médico.

Segundo Hemerson, o aumento no número de infectados gera uma pressão no sistema de saúde, uma vez que há um número maior de pessoas procurando atendimento médico, o que gera o grande risco de um colapso no sistema, se não forem observadas taxas como a de ocupação de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).

O infectologista também alertou para um possível aumento no número de casos no período pós-carnaval. “Em janeiro, foi detectado um aumento de casos que está ligado às festas de fim de ano. Espera-se que nós tenhamos um reflexo do carnaval daqui 15, 20 dias mais ou menos, porque acabou tendo aglomeração, teve festas clandestinas, situações de exposição que não deveriam ter acontecido”, lembrou.

Hemerson também comentou sobre a importância da vacinação para o combate à pandemia no Brasil e as consequências da falta de vacinas no país. “A vacina é uma corrida contra o tempo. Nós temos que vacinar um grande número de pessoas para tentar fazer um bloqueio vacinal na disseminação. Ao mesmo tempo, existe uma flexibilidade maior fazendo com que haja uma certa liberdade das pessoas se vacinarem com 14 dias, 21 dias, 28 dias dependendo do tipo de vacina que está sendo aplicada. Mas com certeza a falta de vacinas ou acesso a vacinas pode prejudicar bastante o combate à covid-19”, arrematou.

*Estagiárias sob supervisão de Fernando Jordão

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