Covid-19

Butantan vai entregar 3,4 milhões de doses da CoronaVac a partir da próxima terça

Em contrato com o Ministério da Saúde, o instituto paulista entregaria 9,3 milhões de doses em fevereiro. Com atrasos, o montante para o mês fechará em 4,5 milhões. Ainda assim, governo de SP promete antecipar envio total das 100 milhões de doses até o fim de agosto

O Instituto Butantan entregará a partir da próxima terça-feira (23/2) mais 3,4 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde. O novo quantitativo de doses da vacina será liberado em oito dias. Ou seja, em média, serão liberadas 426 mil doses por dia de 23 de fevereiro até 2 de março. Com isso, o Butantan fechará a entrega de fevereiro em 4,5 milhões, quando, em contrato, o acordo previa 9,3 milhões para o mês.

Apesar do atraso da entrega das doses previstas para fevereiro, o instituto paulista informou que antecipará para agosto a entrega das 54 milhões de doses adicionais contratadas pelo Ministério da Saúde que, anteriormente, estava prevista para o final de setembro. Serão 100 milhões de doses da CoronaVac incorporadas ao Programa Nacional de imunização (PNI).

“Nós agora conseguimos, graças ao trabalho dos técnicos e cientistas do Butantan, antecipar em um mês a entrega dessas vacinas para o Ministério da Saúde. Mas quero registrar que o Ministério precisa viabilizar mais vacinas. [...] É inaceitável que tenhamos capitais, cidades que não têm mais vacinas e estados que estão na fase final de disponibilidade de vacinas”, disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, a antecipação será possível porque o número de funcionários que cuidam especificamente do programa de ênfase na fábrica da vacina dobrou, passando de 150 para 300. Outro fator que ajudará na celeridade é a disponibilização de mais um local de produção que, atualmente, está sendo utilizado para fabricar a vacina contra a gripe.

"Da mesma forma que essa agilidade, essa presteza em produção é importante, também temos que lembrar que, neste momento, a única vacina que está sendo usada em grande volume no Brasil é a do Butantan. Isso traz uma responsabilidade muito grande. Então, os nossos funcionários, inclusive com essas novas contratações, têm o peso e a responsabilidade de liberar essas vacinas o mais rapidamente possível", destacou Covas.

Além disso, o diretor informou que o ritmo de produção deve dobrar a partir de abril, já que "não há mais problemas de entrega da matéria-prima do imunizante", que vem da China. O Butantan recebeu, recentemente, 11 mil litros de insumos e está prevista para março a chegada de mais 8 mil litros.