Após o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falar sobre a importância das medidas de segurança contra a covid-19 para frear a contaminação, Eduardo Pazuello fez o mesmo nesta quarta-feira (17/3). Em cerimônia de entrega das vacinas produzidas pela Fiocruz em parceria com a universidade de Oxford e a AstraZeneca, o atual chefe da Saúde alinhou o discurso ao do seu sucessor.
"O coronavírus veio para ficar. Nós vamos controlar a pandemia com vacinação e novos hábitos. Nós mudaremos hábitos. Hábitos de usar máscaras, lavar as mãos, manter um grau de afastamento social, novos hábitos de horários. É necessário compreender isso. O doutor Queiroga diz que começa na conscientização de cada um e não apenas na imposição do gestor. Só juntos vamos poder evitar um grande número de óbitos e continuar a vida na maior normalidade possível", disse o general.
Vale pontuar que nessa terça-feira (16), o Brasil voltou a bater recorde no número de mortes pela covid-19, com 2.841 vidas perdidas em 24 horas, totalizando 282.127 fatalidades. O país está batendo recordes de mortes há 21 dias.
"Capacidade técnica óbvia"
Pazuello ressaltou, também, que Queiroga deverá apenas dar continuidade ao seu trabalho, podendo expandi-lo com sua "capacidade técnica óbvia" como médico. E afirmou que seu substituto "reza na mesma cartilha". "Eu vou entregar a ele o ministério estruturado, organizado, funcionando e com tudo pronto. Ele como médico cardiologista, com todo o seu conhecimento técnico, vai poder navegar por essa ferramenta em prol da saúde do Brasil", afirmou.
O atual ministro da Saúde comentou também sobre a produção da matéria-prima da vacina, o IFA, em solo brasileiro. Ele disse que a Fiocruz está com a fábrica pronta e a produção deverá iniciar em abril. Isso, segundo Pazuello, é fruto de um trabalho de sete meses. Também estavam presentes na coletiva o novo ministro Marcelo Queiroga e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.
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