Colapso na Saúde

Conselho Federal de Farmácia alerta para falta de medicamentos usados nas UTIs

Lotação de leitos das unidades de terapia intensiva em todo o país evidencia o desabastecimento de medicações utilizadas no manejo dos pacientes internados

Bruna Lima
Maria Eduarda Cardim
postado em 18/03/2021 18:18 / atualizado em 18/03/2021 18:21
 (crédito: Lennart Preiss/AFP )
(crédito: Lennart Preiss/AFP )

Para além da iminente crise de oxigênio generalizada em todo o país, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) evidencia a necessidade de reabastecimento de medicamentos usados em UTIs, tanto para pacientes internados pela covid-19 quanto por outras doenças. Em nota divulgada nesta quinta-feira (18/3), a entidade faz um apelo à sociedade para que respeite as ações de combate à pandemia e frisa a importância da imunização.

Entre os medicamentos "escassos ou indisponíveis por conta da pandemia", o CFF enumera o desabastecimento de bloqueadores neuromusculares, sedativos e outros fármacos usados em UTIs.

No rol, foram citados o midazolan, usado para "uma intubação humanizada e segura", além do imunoglobulina, "essencial à manutenção da vida de pacientes com doenças como a Síndrome de Guillain-Barré", e do tocilizumab, "indicado para amenizar os sinais e sintomas da artrite reumatoide", cita o CFF, em nota, lembrando que os dois últimos, apesar de serem usados no tratamento de pessoas com covid, não possuem comprovação científica de eficácia contra a doença até o momento.

A breve nota também pede que a sociedade respeite as medidas como o uso de máscaras e o distanciamento social, "visando à redução da sobrecarga dos serviços de saúde".

"[O CFF] reivindica das autoridades que todas as medidas possíveis sejam adotadas no sentido de garantir a imunização da população, o mais rápido possível; e apela pelo uso racional dos medicamentos, para que a pandemia não faça vítimas também entre pessoas que sequer contraíram o coronavírus, mas têm outras doenças tão graves quanto a covid-19", amplia a entidade.

Também nesta quinta-feira (18), a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) fez um alerta sobre a falta de sedativos para a intubação, como instrumento imprescindível no procedimento. A nota tinha como foco o perigoso cenário que se anuncia sobre a falta de oxigênio hospitalar.

 

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