Diante do desabastecimento de medicamentos usados para tratar pacientes internados em UTIs, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estuda medidas para facilitar a importação de fármacos e flexibilizar medidas para aumentar a disponibilidade dos insumos. Nesta quinta-feira (18/3), a agência tratou do assunto com entidades ligadas à saúde.
Estiveram no encontro representantes da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), que mostraram o déficit importante em relação aos medicamentos.
"A Terceira Diretoria se prontificou a receber das entidades as solicitações individuais de serviços de saúde encaminhadas à Anvisa, de forma que possam ser avaliadas com a maior celeridade possível", informou a agência. As medidas emergenciais, segundo a Anvisa, não trazem prejuízo à eficácia, qualidade e segurança aos serviços.
Estoque por 20 dias
O presidente da Abramge, Reinaldo Scheibe, considerou a reunião importante, pois saiu do campo do debate para caminhar para a ação. O atual estoque só consegue atender o país por mais 20 dias. "Além das mortes pela falta de UTI, se não agirmos, teremos mortes pela falta de medicamentos", alertou.
"A Anvisa foi muito hábil neste planejamento e vai procurar liberar o mais rápido possível a importação desses medicamentos, assim como foi feito no começo da pandemia em relação aos testes de diagnósticos", exemplificou. Para isso, Scheibe detalhou que a Anvisa conseguirá desburocratizar compras em países cujas agências reguladoras já possuam correlação com a brasileira e que tenham acordos com fabricantes nacionais.
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