Operação Deepwater

Suspeito de vazar dados de brasileiros diz que dados eram de empresa privada

Em rede social, o homem, morador de Minas Gerais, vendia cursos sobre invasão e programas para quebrar a segurança de sistemas de informática

Renato Souza
postado em 19/03/2021 13:13 / atualizado em 19/03/2021 13:14
 (crédito: divulgação/PF)
(crédito: divulgação/PF)

O cracker acusado de vazar os dados de 223 milhões de brasileiros (entre mortos e vivos) afirmou no Twitter que a origem dos dados é uma empresa privada que mantém contratos com o governo. Marcos Roberto Correia da Silva, conhecido como VandaTheGod na internet, foi detido pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (19/3), em Uberlândia, em Minas Gerais.

A prisão ocorreu por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O homem é acusado de vazar e vender por meio da internet as informações. Ele teria ajuda de outra pessoa, que foi alvo de buscas, mas não chegou a ser detida.

Fontes que atuam no meio virtual, contatadas pelo Correio, estão céticas quanto à verdadeira atuação de Marcos Roberto no caso. Ele teria sido preso por conta de postagens nas redes sociais nas quais assume a autoria do roubo de dados. No entanto, pessoas próximas afirmam que ele se envolvia em outros atos no meio cibernético, como ensinar como invadir redes de computadores e banco de dados, mas que não teria sido o responsável pelo vazamento desses dados. Não descartam, contudo, que ele tenha vendido informações obtidas por outra pessoa.

Durante as diligências, a Polícia Federal apreendeu computadores, celular, CDs, DVDs e HDs com dados que podem colaborar com as investigações. De acordo com a PF, a corporação "identificou o suspeito pela prática dos delitos de obtenção, divulgação e comercialização dos dados, bem como um segundo hacker que estaria vendendo os dados por meio suas redes sociais".

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