O Brasil registrou novo recorde diário de mortes nesta sexta-feira (19/3). Foram 2.815 óbitos contabilizados, acumulando 290.314 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde. O país registrou ainda 90.570 casos em 24 horas. O total de infectados desde o início da pandemia é de 11.871.390. Dezesseis estados brasileiros estão com taxas de ocupação de leitos ultrapassando 90%.
O Sudeste lidera os registros desta sexta, com 34.085 novos casos e 1.031 mortos; seguido pela região Sul, com 22.279 casos e 793 óbitos em 24 horas. Em escala global, o Brasil é o segundo país com mais mortes pela doença, atrás apenas dos Estados Unidos.
Futuro da pandemia
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, o Brasil vive o maior colapso sanitário e hospitalar da história e é possível que se chegue a 4 mil mortos por covid em 24 horas até o fim de abril, conforme pesquisas da Rede Análise Covid, grupo de especialistas de diversas áreas que interpretam dados oficiais da pandemia.
Para César Carranza, médico infectologista que atua no Hospital Anchieta do Distrito Federal, a esperança é de que logo no mês de maio a situação melhore. O especialista destaca as medidas restritivas de isolamento como uma das principais formas de combater o vírus.
“Até o mês de maio, acredito que a situação deva melhorar por diversos motivos. Primeiramente, porque as medidas restritivas de seguranças mais drásticas em relação ao vírus estão sendo tomadas nessas semanas e isso deve fazer mais efeito no futuro. Também temos o avanço da vacinação, que deve atingir cada vez mais as faixas da população”, completa.
Pesquisador em ciência do comportamento do Iesb, Breno Adaid afirma que o isolamento é o principal agente de diminuição nos casos. “Esperamos que o quadro se atenue. Toda essa previsão se baseia no comprometimento da população com as medidas de segurança, evitar aglomerações e manter o distanciamento. Infelizmente, quanto ao número de óbitos, ainda teremos uma quantidade elevada, que deve perdurar pelo mês de abril”, explica.
Declarações do presidente
Para justificar a falta de uma política eficaz de combate a pandemia que dura mais de um ano, o presidente Jair Bolsonaro questionou apoiadores na quinta-feira (18/7) sobre existir algum país que esteja lidando bem com a covid e afirma ser uma vítima de guerra política.
* Estagiários sob supervisão de Mariana Niederauer
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