A Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou preocupação com a condução brasileira frente à pandemia da covid-19. Registrando o dobro de mortes pela doença na comparação com o mês anterior, o Brasil vive o pior momento da crise de saúde, sem um ministro oficializado na pasta que lidera o enfrentamento. Quanto ao anunciado, mas não oficializado, chefe da Saúde, Marcelo Queiroga, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse estar “ansioso para trabalhar de perto” e destacou que a situação atual “precisa ser levado a sério”.
A fala ocorreu durante coletiva de imprensa da OMS, nesta segunda-feira (22/3). Tedros chamou atenção para o drástico descontrole da pandemia no país. “A situação do Brasil é muito preocupante e nos assusta que o número de mortes no último mês dobrou”, disse.
Para conseguir lidar com o atual cenário, a vice-diretora da OMS e especialista em distribuição de medicamentos e vacinas do órgão, Mariângela Simão, ressaltou a necessidade de um olhar voltado para a ciência e alinhado entre União, estados e municípios. “As políticas de saúde precisam ser baseadas em evidência científica, e que sejam alinhadas entre as três esferas de governo”, expôs, desejando a Queiroga “muita competência e firmeza na condução do enorme desafio”.
Ciente do iminente desabastecimento de oxigênio hospitalar e medicamentos para intubação, o diretor de emergências da organização, Michael Ryan, ponderou que o Brasil tem expertise em saúde universal e capacidade de liderança. “Não temos a presunção de dizer aos ministros o que fazer, mas é preciso trabalhar com os estados, usando a capacidade, sabedoria e entusiasmo”, afirmou, desejando sorte ao novo ministro.
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