PANDEMIA

Ministério da Saúde negocia compra de 2,8 milhões de kits para intubação

O reforço de medicamentos ocorreu após reuniões da pasta com representantes dos laboratórios. Entregas começam nesta terça-feira (23/3)

Bruna Lima
postado em 23/03/2021 21:48 / atualizado em 23/03/2021 21:50
 (crédito: Christophe SIMON/AFP)
(crédito: Christophe SIMON/AFP)

Para evitar desabastecimento de medicamentos utilizados em UTIs para pacientes com covid-19 e atendendo a uma demanda dos estados e municípios, o Ministério da Saúde negociou, nesta terça-feira (23/3), a compra de 2,8 milhões de kits de intubação.

O reforço de medicamentos ocorreu após reuniões da pasta com representantes dos laboratórios. "A medida tem como objetivo conciliar a equalização dos estoques nacionais, respeitando a realidade de cada fabricante, contratos prévios e a necessidade da população brasileira neste momento de pandemia", diz a nota oficial do ministério.

As empresas Cristália, Eurofarma e União Química se comprometeram a fornecer os medicamentos, com entregas que já iniciaram nesta terça-feira e vão até o fim do mês. A expectativa é que as remessas comecem a chegar nas unidades de saúde até sexta-feira (26/3).

Alerta

Há mais de uma semana, secretários estaduais e municipais de Saúde vêm alertando para o iminente desabastecimento dos medicamentos, inclusive, chegando a recomendar a suspensão de cirurgias eletivas até que haja regularidade do abastecimento.

Um ofício do Fórum Nacional de Governadores, enviado ao Ministério da Saúde e ao Planalto, também indicou escassez de pelo menos 11 medicamentos em 18 estados, com estoques que variavam de zero a 20 dias.

Como centralizador das ações, a pasta justificou, em nota, que acompanha a disponibilidade dos medicamentos de intubação, conciliando as demandas enviadas pelas secretarias com as informações coletadas das indústria e distribuidores "para que estados possam realizar as aquisições".

"A partir dos dados enviados pelos órgãos, o Ministério da Saúde realiza a distribuição para os estados com base em critérios como curva epidemiológica, cobertura menor que 15 dias, ausência de similaridade nos estoques, quantitativo de leitos, entre outros."

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