CASO HENRY

Jairinho foi a festa após a morte do enteado

Correio Braziliense
postado em 12/04/2021 00:04

Preso acusado de matar o enteado de 4 anos, o vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade) compareceu a uma festa de aniversário horas depois da morte do menino Henry Borel. Em depoimento à polícia do Rio, a ex-mulher do parlamentar, Ana Carolina Netto, disse ainda que ele passou a maior parte do tempo conversando num quarto com o pai, o ex-deputado estadual Coronel Jairo.

A informação foi publicada ontem pelo jornal O Dia. O advogado de Jairinho, André França Barreto — que teria sido indicado pelo pai no momento da festa —, afirma que desconhece a ida ao aniversário da irmã do vereador. Ele defendeu o ex-deputado no âmbito da operação Furna da Onça, em 2018, que levou Jairo à prisão.

No depoimento, a mãe dos filhos de Jairinho disse que ficou sabendo da morte de Henry, filho de Monique Medeiros, naquele mesmo dia, 8 de março, por meio do motorista dele. “Ele disse que o menino havia falecido, mas não soube explicar o motivo, só dizendo que Jairinho estava no hospital”, apontou.

Na noite daquele dia 8, Ana levou os filhos à festa da irmã do político e sua ex-cunhada, Thalita, na zona oeste do Rio, onde sentiu um “clima pesado” na família do parlamentar. Henry foi morto na madrugada anterior.

Prisões ilegais
O advogado André França Barreto argumenta que as prisões de Jairinho e Monique seriam ilegais, por falta de provas objetivas. “A juíza determinou a prisão sem apontar efetivamente quais seriam os embaraços às investigações. Tem que ter testemunha dizendo que foi efetivamente ameaçada, que houve algo concreto”, alegou.

Apesar de nenhuma testemunha ter afirmado que foi ameaçada, a polícia cruzou informações — como conversas via mensagem — com os depoimentos do casal para mostrar que Henry, filho de Monique e enteado de Jairinho, vinha sendo agredido em casa pelo vereador.

Questionado sobre a troca de mensagens entre Monique e a babá de Henry, Thayná Ferreira, o defensor disse que desconhece a autenticidade delas. “Só tenho notícia dessa troca de mensagens pela mídia”, afirmou.

Ao Tribunal de Justiça do Rio, Barreto disse que o “sensacionalismo midiático” influenciou a decisão da juíza Elizabeth Louro, da 4ª Vara Criminal, de determinar a prisão temporária do casal.

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