Uma idosa morreu em decorrência da COVID-19 aguardando vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Poços de Caldas, no Sul de Minas. A mulher, de 76 anos e com comorbidades, estava no atendimento semi-intensivo na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O caso aconteceu no sábado (10/4), mas foi divulgado pela prefeitura nesta segunda-feira (12/4).
De acordo com a prefeitura, Poços de Caldas tem 73 leitos de UTI exclusivos para COVID-19 e, devido ao agravamento da doença, a ocupação atinge 100%.
“Devido à lotação, pacientes precisaram ser atendidos nos 10 leitos de UTI do Hospital de Campanha, que também está com 100% de ocupação, e nos semi-intensivos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Os números são preocupantes, principalmente pelo longo tempo que os pacientes permanecem nas Unidades de Terapia Intensiva se recuperando”, explica a prefeitura.
“Desde o final de semana temos pacientes aguardando a liberação de leitos para internação em hospitais das redes pública e privada, onde a estrutura de atendimento é maior”, informou.
“É um momento muito delicado que atravessamos. Os profissionais de saúde estão se desdobrando para que não falte atendimento, mas a população tem um papel fundamental. Mesmo com toda esta dificuldade, onde temos todos os leitos ocupados, ainda vemos pessoas fazendo festas e promovendo aglomerações. É inadmissível, não há fiscalização que consiga atender ao grande número de denúncias”, declarou o secretário de Saúde, Carlos Mosconi.
COVID-19 em Poços
Poços de Caldas segue na onda roxa do Minas Consciente até 18 de abril por determinação do Estado.
A cidade somou nesta segunda-feira (12/4) 144 pessoas infectadas pelo novo coronavirus e segue com 6.923 casos e quase 200 mortes em decorrência da doença.
A prefeitura revogou a Lei Seca e liberou os serviços não essenciais a fazerem entregas na porta do estabelecimento, mas os pontos turísticos permanecem fechados.
No fim de semana, a prefeitura e a Polícia Militar impediram uma festa clandestina na rampa de acesso ao Cristo. Cerca de 1 mil pessoas foram flagradas aglomeradas na estrada do voo livre.
Os militares precisaram de usar gás lacrimogêneo para dispersar as pessoas e um jovem foi preso.
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