Vacinação contra covid-19

Ainda sem aval da Anvisa para testes, Butantan começa produção da Butanvac

Apesar de já ter começado a produção de doses da vacina que não depende da importação de insumos para ser produzida no Brasil, Butantan ainda não pode realizar testes em humanos com a Butanvac porque ainda não teve o aval da Anvisa

Maria Eduarda Cardim
postado em 28/04/2021 17:02 / atualizado em 28/04/2021 20:51
 (crédito: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)
(crédito: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

O Instituto Butantan anunciou nesta quarta-feira (28/4) o início da produção de doses da Butanvac, vacina contra a covid-19 que não depende da importação de insumos para ser produzida no Brasil. Apesar de já ter começado a produzir o imunizante, o Butantan não está liberado para realizar testes em humanos já que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não autorizou o estudo clínico da vacina.

“O Butantan começa hoje a produzir o primeiro lote com um milhão de doses da Butanvac, que será produzida integralmente aqui no Instituto Butantan sem necessidade de importação de matéria-prima do exterior. O Butantan nesta primeira etapa vai produzir 18 milhões de doses”, afirmou o governador de São Paulo, João Doria, durante coletiva de imprensa.

Na terça-feira (27), a Anvisa informou que suspendeu a análise do pedido de autorização apresentado pelo Instituto Butantan para o início da fase de testes em humanos com a ButanVac, devido à falta de algumas informações necessárias para a avaliação. A agência reguladora enviou uma uma lista de exigências ao Butantan, pedindo informações e documentos que não foram apresentados no pedido de autorização do estudo.

Segundo a agência, o prazo para resposta às exigências é de 120 dias. No entanto, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que já trabalha para entregar as respostas à Anvisa. “Nós recebemos os questionamentos ontem à noite e já estamos trabalhando nas respostas. O Butantan tem um time que trabalha 7 dias por semana dada à urgência da pandemia”, informou.

Covas pediu à agência nacional celeridade na hora de fazer exigências. “É isso que nós queremos da Anvisa, agilidade, que ela faça as perguntas que tem que fazer no menor prazo possível. Para isso eles estão lá, são contratados e pagos. No momento da pandemia, queremos celeridade. Estamos do lado de cá prontos para responder qualquer pergunta e questionamento da forma mais transparente e rápida possível”, pediu.

Assim que autorizados pela agência nacional, os estudos de fase 1 e 2 em humanos começarão imediatamente, com 1,8 mil voluntários. A fase 3, com maior escala de participantes, deverá incluir 9 mil pessoas. O governo de São Paulo esperava iniciar os testes já no mês de abril.

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