Caso Henry Borel

Henry Borel: mensagens da babá revelam que mãe sabia que Dr. Jairinho agredia filho

Delegado responsável pelo caso destacou que Monique não denunciou as agressões e que mentiu para proteger o namorado

A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou, nesta quinta-feira (8/4), que a mãe de Henry Borel, 4 anos, sabia que o filho era agredido pelo padrasto, Dr. Jairinho, e nada fez a respeito. As agressões ocorriam pelo menos desde 12 de fevereiro. A criança morreu em 8 de março com diversas lesões no corpo. 

O delegado responsável pelo caso, Henrique Damasceno, afirmou, em coletiva de imprensa, que uma das conversas encontradas no celular da mãe mostram que a babá a alertou que Dr. Jairinho batia no menino. Nas mensagens, ela chega a falar que Henry tinha ficado mancando e que as agressões sempre ocorriam no quarto do casal. "Então me contou que deu uma banda e chutou ele que toda vez faz isso", diz uma das mensagens. 

Apesar disso, a mãe não fez denúncia contra Dr. Jairinho e em depoimento disse que o convívio familiar era harmonioso. A babá também mentiu em testemunho ao dizer que não sabia das agressões. Ela será investigada por falso testemunho. 

"A mãe não comunicou à polícia, não afastou o agressor de uma criança de quatro anos. Ela esteve em sede policial, prestando depoimento por 4 horas, dando uma declaração mentirosa e protegendo o assassino do próprio filho. Ela aceitou esse resultado. Ela se manteve firme ao lado dele, mantendo uma versão absolutamente mentirosa", disse o delegado. 

Investigação 

A Polícia Civil disse já ter provas suficientes de que Dr. Jairinho esteve envolvido na morte de Henry Borel. O inquérito deve ser finalizado nos próximos dias e encaminhando ao Ministério Público. 

A criança morreu devido a uma hemorragia no fígado provocada por uma ação contundente. A autópsia também encontrou lesões no rim, pulmão e crânio. 

A Polícia já escutou mais de 18 pessoas no âmbito da investigação. Monique e Dr. Jairinho foram presos nesta quinta-feira por terem tentando combinar depoimentos com testemunhas. A prisão preventiva tem validade de 30 dias. 

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