A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou, ontem, Monique e Jairinho por homicídio duplamente qualificado, com impossibilidade de defesa da vítima, e tortura. Agora, o inquérito será analisado pelo Ministério Público, que pode ou não prosseguir com a denúncia oficial dos suspeitos.
Presa desde 8 de abril, a professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, escreveu uma nova carta sobre a morte do filho, de apenas quatro anos, em que faz ataques diretos ao companheiro, o vereador Dr. Jairinho. Na carta, ela afirma que o parlamentar é um “psicopata” e sustenta que “não sabia o que estava acontecendo” entre ele e o enteado.
Monique afirma na carta que Jairinho é um “homem ruim, doente, psicopata e esquizofrênico”. A professora já havia escrito outras quatro cartas: uma para Leniel Borel, pai de Henry; outra para o delegado Henrique Damasceno, responsável pelo caso; outra relatando brigas entre ela e o vereador; e a última, uma continuação da carta divulgada em 25 de abril.
Na carta para o ex, Leniel, pai do menino que ontem faria cinco anos, a professora pede perdão ao ex-marido. “Me perdoe por não ter sido mais do que eu pude ser. Para você e para ele”. O texto dirigido ao pai da criança teria sido escrito em 26 de abril, quando ela ainda estava em uma cela isolada do Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, após ter sido diagnosticada com covid-19. Monique está atualmente no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói.
A Comissão de Justiça e Redação da Câmara Municipal do Rio decidiu por unanimidade apoiar a cassação do mandato de Dr. Jairinho. Agora, o assunto voltará ao Conselho de Ética, que terá prazo de 45 dias para ouvir o vereador e as testemunhas. Depois, o caso segue para o plenário, que decidirá com voto aberto de pelo menos dois terços dos vereadores.
*Estagiárias sob a supervisão de Andreia Castro
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