Violência

Caso Henry: Jairinho e Monique se tornam réus por homicídio qualificado

Casal será julgado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura de incapaz, coação de testemunhas e fraude processual. Vara Criminal do Rio de Janeiro converteu a prisão temporária dos dois acusados em preventiva

Alexia Oliveira*
postado em 07/05/2021 21:09
 (crédito:  Tânia Rêgo/Agência Brasil)
(crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva do vereador Jairo Santos Souza Júnior, Dr. Jairinho, e da professora Monique Medeiros. Os dois são acusados pela morte do menino Henry Borel. A mãe da criança e o padrasto se tornam réus no processo.

Na última quinta-feira (06/05), o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou o casal pelos crimes de homicídio triplamente qualificado; tortura de vítima incapaz; coação de testemunhas; e fraude processual. A juíza encarregada pelo caso, Elizabeth Machado Souza, também determinou para que o casal permanecesse preso para evitar uma possível coação de testemunhas.

"Para além da revolta generalizada que os apontados agentes atraíram contra si antes mesmo de serem denunciados pelo órgão com atribuição para tal, releva assinalar que o modus operandi das condutas incriminadas reforça o risco a que estará exposta a ordem pública, bem como a paz social, se soltos estiverem os ora acusados", escreveu a magistrada.

Aos 4 anos, Henry Borel morreu em 8 de março. O inquérito conduzido pela Polícia Civil revelou, entre outros fatos, que Jairinho tinha um histórico de agressões a mulheres e seus filhos. Durante as investigações, Monique Medeiros tentou dar um novo depoimento. Mas os responsáveis pelo inquérito recusaram. Houve ainda uma tentativa de orientar o depoimento da babá, testemunha de seguidas agressões supostamente cometidas por Jairinho contra Henry. 

* Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza

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