Violência contra criança

Padrasto é suspeito de espancar menino de 8 anos até a morte em Vitória

A mãe da criança teria levado outro filho para o hospital e deixado o menino de 8 anos sob os cuidados do padrasto

Jonatas Martins*
postado em 13/05/2021 22:10 / atualizado em 13/05/2021 22:10
 (crédito: Pixabay)
(crédito: Pixabay)

Na última quarta-feira (12), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) concluiu o inquérito sobre a morte de um menino de 8 anos na cidade de Vitória, capital do estado. As investigações apontam o padrasto como principal suspeito do crime, que ainda não foi encontrado e é considerado foragido. Moradores informaram que ele teria sido morto por traficantes, mas a polícia fez buscas e não encontrou nenhuma prova que comprovasse o fato.

O garoto morreu no início de abril deste ano, quando a mãe retornou para casa e o encontrou machucado e desacordado no quarto. Na ocasião, a mulher havia levado outro filho para o hospital e deixado o menino de 8 anos sob os cuidados do padrasto.

A equipe médica conta que a criança apresentava sinais de parada cardiorrespiratória e diversos hematomas espalhados pelo corpo. O garoto chegou a ser socorrido, mas não sobreviveu. O laudo apontou politraumatismo por ação contundente como principal causa da morte.

Em nota, a delegada Larissa Lacerda comentou que não foi comprovado omissão por parte da mãe da criança e também não pode ser confirmado se o padrasto teria agredido a criança outras vezes.

“Relatamos o inquérito policial indiciando o padrasto da vítima por homicídio duplamente qualificado e representamos pela prisão preventiva dele. Em que pese haver notícias de que ele foi morto por traficantes locais, não há qualquer materialidade que comprove tal fato, razão pela qual o consideramos, até que se prove o contrário, foragido”, afirmou a delegada.

O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público do Espírito Santo, que analisará o caso e decidirá se o suspeito deve ser denunciado pelo crime de homicídio qualificado com o uso de tortura e impossibilidade da vítima se defender.

 

 

 

*Estagiário sob supervisão de Lorena Pacheco 

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