Saúde

Rio retoma vacinação de profissionais da educação na segunda-feira

Segundo o secretário de Saúde do município, Daniel Soranz, o município tem garantidas as doses para aplicar nos grupos prioritários de pessoas com comorbidades e com deficiência permanente, que serão atendidas até o final da próxima semana

Agência Brasil
postado em 21/05/2021 12:28
 (crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
(crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A partir de segunda-feira (24), o município do Rio de Janeiro retoma a vacinação contra a covid-19 dos profissionais de educação. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) havia iniciado a imunização desse grupo no dia 26 de abril, mas foi suspensa no dia 7 de maio, após o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), atender a pedido de liminar da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, que questionou a antecipação da vacinação de categorias profissionais em relação ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

Segundo o secretário de Saúde do município, Daniel Soranz, o município tem garantidas as doses para aplicar nos grupos prioritários de pessoas com comorbidades e com deficiência permanente, que serão atendidas até o final da próxima semana. Portanto, é possível prosseguir com a vacinação para os profissionais de educação.

"A determinação do STF recomenda que, se a gente for alterar o calendário do PNI, que nós façamos uma justificativa com base em critérios científicos. A gente não está alterando o calendário. Também na recomendação estava previsto que a gente tivesse vacina reservada para o grupo de comorbidades, que é um grupo bastante sensível e a gente tem vacinas para esse grupo, então é bastante possível estarmos seguindo o calendário sem passar ninguém na frente".

O secretário Municipal de Educação, Renan Ferreirinha, explicou que o município já aplicou a primeira dose em boa parte dos profissionais de educação acima de 50 anos na rede pública e acima de 52 anos para o ensino superior e privado, sem prejuízo aos demais grupos prioritário. De acordo com ele, a educação sempre foi considerada prioritária pela gestão.

"A gente começa agora essa retomada da vacinação dos profissionais da educação, tanto para a rede pública como na rede privada. Essa vacinação é para todos os profissionais de educação. Estamos falando de professores, merendeiros, diretores, secretários escolares, terceirizados que estão nas nossas unidades escolares. Todos que fazem parte da comunidade escolar enquanto funcionários e servidores, podem ser incluídos nesse grupo".

Na segunda-feira podem ir aos postos de vacinação os profissionais de educação com 49 anos ou mais, chegando a 45 anos na sexta-feira. É necessário apresentar um contracheque que comprove o vínculo com instituição de ensino ou declaração da instituição, além de documento com foto e CPF.

População em situação de rua

A população em situação de rua e as pessoas privadas de liberdade também foram incluídas nesta etapa da vacinação, conforme orientação do PNI. Esses grupos serão atendidos na próxima semana. Ainda seguindo a orientação do PNI divulgada hoje, o Rio de Janeiro vai incluir as pessoas com doenças crônicas neurológicas, como acidente vascular cerebral, paralisia cerebral, esclerose múltipla e deficiência neurológica grave.

De acordo com a secretária Municipal de Assistência Social, Laura Carneiro, a cidade tem uma estimativa de 7.275 pessoas em situação de rua, que serão atendidas nos abrigos e centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP). Ela explica que essas instituições já têm a relação de pessoas que atendem.

"Vai ser feito nos abrigos e nos Escritórios de Rua que já existem e nos Centros Especializados para População em Situação de Rua (Centro POP), além das instituições privadas. Nos Centros POP, embora as pessoas não durmam, elas vão lá durante o dia, são vacinadas e voltarão para a segunda dose. O resquício dessas pessoas que ainda estiverem vivendo nas ruas, vão ser abordadas pelas equipes que já conhecem todos os locais aonde elas ficam. Embora não tenham aceitado o acolhimento, provavelmente todas as pessoas em situação de rua já foram abordadas pelas nossas equipes".

Vacinação

Segundo a prefeitura, já foram vacinadas na cidade 1,896 milhão de pessoas com a primeira dose, o que corresponde a 28,1% da população. Entre os idosos com 60 anos ou mais, a primeira dose foi ampliada em 97,3% do público alvo. Um total de 880.280 pessoas já receberam as duas doses da vacina. A meta da prefeitura é vacinar 5,2 milhões de pessoas e já foram atendidos 36% com a primeira dose.

A vacinação para pessoas com comorbidade e deficiência permanente termina na próxima semana. A prefeitura orienta quem perdeu o dia para a sua idade a ir assim que possível. Em junho, essa repescagem será feita apenas em dias específicos, a serem divulgados. A partir de junho, a cidade inicia a vacinação por idade, começando com as mulheres com 59 anos no dia 31 e os homens com 59 no dia 1º de junho.

Para quem ainda não tomou a segunda dose da CoronaVac, a SMS reforça a necessidade de completar o esquema vacinal o quanto antes, pois a disponibilidade da vacina pode acabar. Segundo o secretário Soranz, cerca de 120 mil pessoas receberam a primeira dose e estão com o prazo vencido para a segunda.

Boletim epidemiológico

De acordo com o Mapa de Risco de transmissão da covid-19, todas as 33 regiões administrativas da cidade estão atualmente em alto risco, na cor laranja. Após a cidade ficar várias semanas em risco muito alto, em vermelho, com a introdução de uma nova variante do vírus, nas duas últimas semanas se mantém uma tendência de estabilidade. Com isso, o decreto com medidas restritivas publicado no dia 7 foi prorrogado até o dia 31.

A respeito do jogo de amanhã no Maracanã, a segunda partida da final do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Fluminense, a prefeitura ressaltou que não será permitida a presença de público e a fiscalização será reforçada para evitar aglomerações.

Sobre a nova cepa indiana do novo coronavírus, Soranz destacou que ainda não foi detectada no Rio de Janeiro e que os casos encontrados no país não são de transmissão comunitária. Segundo ele, a situação está sendo acompanhada pelo alerta da vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde.

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