O Ministério da Saúde anunciou, em coletiva desta sexta-feira (21/5), um novo programa de testagem em massa, com previsão de busca ativa, visando detectar indivíduos assintomáticos ou na fase pré-sintomática da doença. A ideia é realizar de 10 a 25 milhões de testes ao mês, variando de acordo com a gravidade da transmissão. Quanto maior índice de contágio, maior a necessidade de diagnósticos.
Para ser colocado em prática, o plano ainda precisa de ser pactuado com os secretários estaduais e municipais de saúde, durante reunião com os respectivos conselhos (Conass e Conasems), marcada para segunda-feira (24/5). Somente após aval tripartite é que o ministério, que diz já ter um plano detalhado, irá divulgá-lo na íntegra.
Caso aprovado, a ideia é que já entre em ação na próxima semana, com a distribuição de três milhões de testes rápidos, do tipo antígeno, que detecta a presença da covid-19 enquanto a pessoa está infectada, seja assintomática ou não.
Por enquanto, o que se sabe é que a estratégia será dividida em três eixos: um que garanta a testagem de todos os casos sintomáticos; outro que faça busca ativa, ou seja, alcance pessoas que não apresentam sintomas ou estejam em fase de pré-sintomas; e um de soroprevalência, testando uma amostra populacional para acompanhar a transmissibilidade do vírus.
O último eixo deve realizar os testes nos próprios domicílios das pessoas, escolhidas de forma aleatória. Já na busca ativa, a estratégia é realizar diagnósticos em locais de grande circulação, buscando profissionais que estão em constante circulação. “Vamos buscar de forma ativa testar essas pessoas para minimizar a transmissão do vírus, de forma antecipada para identificar o começo da infecção, isolando e evitando a transmissibilidade do vírus”, explicou o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, durante a coletiva de imprensa.
Para garantir um maior alcance, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, espera conta com a colaboração das empresas. “A iniciativa privada poderia colaborar porque a iniciativa privada também é responsável por essa retomada econômica”, pediu, afirmando que esta seria uma ação em parceria com as autoridades sanitárias. O objetivo da ampliação é “possibilitar uma retomada das atividades econômicas de forma mais segura”, afirmou Queiroga.
Na ocasião, o ministro ainda esclareceu que é necessário assegurar que os estados e municípios estejam alinhados com o planejamento, a fim de que os testes cheguem à ponta. Atualmente, a pasta tem em estoque mais de um milhão de testes para vencer. Mas, segundo Queiroga, as farmacêuticas responsáveis pelos insumos farão “a substituição sem custos”.
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