ATAQUES

Presidente da Fundação Palmares diz que maioria da imprensa usa cocaína

A afirmação foi feita no Twitter como uma crítica à cobertura da imprensa à operação policial realizada nessa quinta-feira (6/5) na favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, disse nesta segunda-feira (10/5) que "parcela significativa dos jornalistas" brasileiros "é usuária de cocaína".

A afirmação foi feita no Twitter como uma crítica à cobertura da imprensa à operação policial realizada nessa quinta-feira (6/5) na favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Com saldo de 28 mortos, incluindo um policial militar, a ação de combate ao tráfico é a mais letal da história do estado.

"Trabalhei quase 30 anos em algumas das maiores redações de São Paulo. Parcela significativa dos jornalistas é usuária de cocaína. A defesa ferrenha e incondicional que fazem de traficantes pouco ou nada tem a ver com o interesse público. Se é que me entendem...", publicou o dirigente da instituição vinculada ao Ministério da Cultura.

O comentário acompanha um print de uma manchete do jornal Folha de São Paulo, que repercute a reação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao fato. "Sem provas, Bolsonaro classifica mortos de Jacareziniho como traficantes que 'roubam e matam', diz o título da matéria.

Ataques

A postura agressiva e controversa tornou-se marca registrada de Sérgio Camargo. Há menos de 15 dias, em 28 de abril, ele atacou a cervejaria holandesa Heineken. Na ocasião, ele afirmou, também no Twitter, que estrela vermelha que caracteriza o logotipo da empresa é uma alusão ao símbolo do Partido dos Trabalhadores (PT).

No post, Camargo critica uma campanha em prol da diversidade divulgada pela gigante europeia nas redes sociais.

Em maio do ano passado, Camargo ofendeu Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares e que dá nome à instituição que ele atualmente dirige.

Um mês depois, o gestor chamou o movimento negro brasileiro de "escória maldita" formada por "vagabundos".

Em novembro de 2020, excluiu Gilberto Gil, Elza Soares e Martinho da Vila da lista de personalidades negras ilustres, afirmando que, dali em diante, o 'Brasil finalmente teria orgulho'.