Enquanto Manaus teve a primeira noite tranquila após dois dias seguidos de ataques, cidades do interior do Amazonas voltaram a ser alvo de incêndios criminosos na madrugada de ontem. Em Caapiranga, a 134km da capital, vândalos atearam fogo à delegacia interativa da Polícia Civil. Além do prédio, três viaturas — uma delas da Polícia Militar — e um carro particular foram incendiados. Os quatro veículos estavam estacionados no pátio do prédio, que foi parcialmente atingido.
Conforme a PM, os criminosos aproveitaram a cheia dos rios amazônicos e chegaram de lancha à cidade, de 13 mil habitantes. Após atearem fogo aos veículos, eles fugiram pelo rio. As chamas atingiram a porta da delegacia, obrigando os policiais a fazer a retirada dos presos das celas. Durante a ação, um detento foi atingido pelo fogo e teve queimaduras de segundo grau em uma perna. Outro preso aproveitou a correria e fugiu. O incêndio foi controlado, mas os veículos ficaram destruídos.
Outro ataque atingiu a escola de um assentamento rural, na BR-319, em Careiro Castanho, a 124km de Manaus. Moradores acordaram com o prédio em chamas. O fogo consumiu móveis, apostilas, computadores e livros de uma biblioteca. O secretário de Segurança Pública, Louismar Bonates, disse que esses ataques estão relacionados com a onda de violência que atingiu o estado após a morte de um traficante ligado a uma facção criminosa, no último sábado, em confronto com a polícia.
Na tarde de segunda-feira, o ministro da Justiça, Anderson Torres, anunciou o envio da Força Nacional (FN) ao Amazonas devido à crise na segurança pública causada pela ação organizada de grupos criminosos. Além da capital, os ataques aconteceram em seis cidades do interior: Careiro Castanho, Iranduba, Manacapuru, Parintins, Rio Preto da Eva e Caapiranga. Conforme o secretário, os primeiros 144 militares da FN chegaram a Manaus ontem à noite.
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