Covid-19

Fiocruz: DF e 11 estados estão com ocupação de UTIs igual ou acima de 90%

Segundo o boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz, outros nove estados apresentam taxas de ocupação de entre 80% e 89%. Instituição alerta para a "permanência de transmissão do vírus" e conclui que o cenário da pandemia é de alto risco

Maria Eduarda Cardim
postado em 09/06/2021 22:21
 (crédito: Breno Esaki/Divulgação/Agência Saúde)
(crédito: Breno Esaki/Divulgação/Agência Saúde)

A última edição do boletim do Observatório Covid-19, produzido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgada nesta quarta-feira (9/6), aponta que o atual cenário da pandemia da covid-19 é de alto risco, já que as pequenas oscilações no número de casos confirmados nas última semanas epidemiológicas “demonstram a permanência de transmissão do vírus”.

O documento ainda mostra que a taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes adultos com covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) continua alta em muitos estados. Ao todo, 12 unidades da federação possuem taxas de ocupação iguais ou superiores a 90%. São elas: Alagoas (91%), Ceará (93%), Distrito Federal (90%), Goiás (90%), Maranhão (90%), Mato Grosso do Sul (107%), Paraná (96%), Pernambuco (97%), Rio Grande do Norte (94%), Santa Catarina (97%), Sergipe (99%) e Tocantins (94%).   

Outros nove estados apresentam taxas de ocupação de entre 80% e 89%.

Com a análise, os pesquisadores afirmam que há uma “persistência de quadro grave de sobrecarga no sistema de saúde pela covid-19”. Desde o final de fevereiro, o país observa a maioria dos estados permanecerem com taxas altas de ocupação de UTI.

A combinação desse indicador junto com um número alto de casos e pequena queda de óbitos demanda “atenção e prudência”, segundo os pesquisadores. Ele consideram prematuro tanto considerar que há uma queda sustentável de casos e óbitos, quanto afirmar que o país entra em uma “terceira onda”.

Diante desse cenário, os pesquisadores reforçam a necessidade da adoção de um conjunto de medidas de enfrentamento à pandemia, enquanto a maior parte da população não foi vacinada. “É muito importante a utilização de medidas não-farmacológicas, que têm como objetivo reduzir a propagação do vírus e o contínuo crescimento de casos, o que sobrecarrega as capacidades para o atendimento de casos críticos e graves e contribui para o crescimento de óbitos”, destaca o boletim da Fiocruz.

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