O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), voltou a falar sobre a possível motociata do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Belo Horizonte neste mês. Ele disse que o chefe do Executivo pode ser multado e afirmou que o ideal é que ele não viesse, considerando o cenário da pandemia na capital.
Em entrevista ao portal Uol, transmitida ao vivo pela internet na manhã desta segunda-feira (14/6), ao ser questionado sobre o que ele, enquanto prefeito, poderia fazer caso o evento ocorresse em Belo Horizonte, com um comício ao final, e o presidente sem máscara. Kalil disse que a opção é multá-lo.
“O comício, se for evitar vai virar uma guerra campal, vamos ser realistas. Mas, falar que está atrapalhando o serviço dos outros eu posso falar perfeitamente. Vir aqui numa cidade sacrificada, com comerciantes sacrificados, com donos de bares e restaurantes sacrificados, para disseminar negaciosismo numa cidade que se cuidou tanto? Eu acho que, se ele fizer isso, vai perder muito voto aqui dentro”, afirmou o prefeito de Belo Horizonte, que continuou.
“Se não vier aqui é um grande favor que está prestando ao povo de Belo Horizonte. O povo vai compreender isso como um ato de gentileza, de bondade. Isso eu não preciso de falar pelo telefone para ele não. Eu tenho um filho do meio que fala o seguinte: ‘muito ajuda quem pouco atrapalha’. Uso essa frase para que ele não venha, não nessa condição. Se quiser vir como presidente da República será recebido aqui na prefeitura, se me chamar em qualquer lugar eu vou, porque eu respeito hierarquia, eu não tenho esse problema”, concluiu Kalil no programa Uol Entrevista.
A última motociata de Bolsonaro foi realizada em São Paulo (SP) no sábado (12/6).
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