Dados de uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontam que os casos de Covid-19 aumentaram em 34% das cidades brasileiras. Outros 31% afirmam que a situação está estável e 17% declararam que houve diminuição dos casos. Com relação aos óbitos pela doença, 18% disseram que o número de mortes aumentou, 45% estão estáveis e 20% afirmaram queda nesta taxa.
A pesquisa foi realizadas entre os dias 14 e 17 de junho e contou com a participação de 3.591 gestores, que representam cerca de 64,5% dos municípios do país. O objetivo do levantamento é compreender a realidade enfrentada pelos gestores no combate à pandemia.
“O aumento dos casos já era esperado, visto que, houve em vários municípios a flexibilização da economia e consequentemente a maior circulação de pessoas”, afirmou o infectologista Dr. Luís Gustavo Santos.
Levando em consideração a extensão dos municípios, o maior aumento de casos se deu principalmente nos pequenos e médios (34%), sendo que nas grandes cidades esse número ficou em 27%. Medidas de restrição estão sendo adotadas por 66% das prefeituras pelo Brasil.
A pesquisa também aponta para a falta de vacinas, sendo que, 562 municípios (16%) relataram ter ficado sem imunizantes para seguir com o plano de imunização. Dessa quantidade, 73% afirmam ter ficado sem vacinas para a primeira dose e 43% sem a segunda. Nos dias 7 e 10 de junho, quando houve a pesquisa anterior, cerca de 15% dos municípios afirmaram que ficaram sem os imunizantes.
“O importante para se observar não é quantos municípios foram vacinados e sim qual a porcentagem da população brasileira que recebeu a imunização plena, as duas doses. No caso do Brasil, ainda é muito baixo essa porcentagem, cerca de 12% a 13%, para pensarmos em imunidade coletiva precisamos ter de 60% a 65% da população imunizada”, disse Luiz
Outro ponto questionado aos gestores foi a possibilidade de haver alguma obra da área da saúde paralisada. De acordo com os dados, apenas 9% dos municípios estão nessa situação. Do total, 69% afirmaram que a obra parada é uma Unidade Básica de Saúde, 10% relataram ser uma Academia de Saúde e 8% Unidades de Pronto Atendimento.
Entre os motivos para a paralisação estão problemas com a construtora da obra (35%), falta de envio dos recursos da União (32%) e pendências no sistema de monitoramento de obras do governo federal (15%).
*Estagiários sob supervisão de Renato Souza
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