Investigaçao

PF investiga grupo que falsificava documento até de procurado pela Interpol

De acordo com investigações, documentos foram carteiras de identidades falsas de foragidos da Justiça, incluindo procurado pela Interpol

Luiz Ribeiro - Estado de Minas
postado em 30/06/2021 15:48
 (crédito: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)
(crédito: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (30/6), a “Operação Reborn”, que visa combater crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e confecção de documentos com dados falsos.

De acordo com a PF, as falsificações envolvem um cartório de registro civil do Norte de Minas e foram usadas por foragidos da Justiça, incluindo uma pessoa procurada pela Interpol, entre outros criminosos.

São cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, em outras cinco cidades mineiras e ainda em São Paulo, no Espírito Santo e em Santa Catarina.

As investigações tiveram início a partir da análise de documentos apreendidos durante a deflagração da Operação Policial “Stellio”, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro de 2019 e que desmontou uma organização criminosa que se especializou em fraudes para saques de precatórios judiciais.

A quadrilha fazia os saques por meio de procurações falsas obtidas em cartórios do Norte de Minas.

Conforme a PF, a partir da análise de documentos na “Operação Stellio”, surgiram indícios de que, além de procurações, certidões de nascimento falsas eram lavradas pela responsável por um cartório de registro civil de uma cidade do Norte do estado.

Em posse de certidões de nascimento ideologicamente falsas, eram fraudados documentos de identificação expedidos por vários órgãos, como carteiras de identidade, CPFs, títulos eleitorais e CNHs; além da criação de uma pessoa jurídica, cadastramento de biometria eleitoral, cadastramento de veículos e solicitações de auxilio emergencial.

“Constatou-se que o perfil dos beneficiários desses documentos falsos consistia em foragidos da Justiça, pessoas com extensa ficha criminal, golpistas alvos de diversas demandas na Justiça cível por prática de pirâmide financeira e imigrantes ilegais oriundos de países árabes – todos buscando nova identidade para se furtar dos comprometimentos jurídicos que recaiam sobre seus verdadeiros nomes”, informa a PF.

Além disso, foi apurado que um brasileiro, com cidadania norte-americana, procurado pela Interpol por condenação a mais de 20 anos de prisão nos Estados Unidos, estava vivendo em Florianópolis, com o uso de identidade falsa.

Documentos de identificação obtidos mediante fraude também foram utilizados para atividades econômicas em contas bancárias em grandes instituições financeiras brasileira.

Na operação desta quarta-feira (30/6) são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, em outros cinco municípios do estado (Luislândia, Divinópolis, Ribeirão das Neves, Igarapé e Lagoa Santa); e ainda em São Paulo e mais duas cidades paulistas (Tatuapé e Votorantim); no Espírito Santo (Vila Velha) e em Santa Catarina (Florianópolis e São José).

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