Sonegação de impostos

Ex-sócio de Ronaldo Fenômeno é preso por crimes contra o sistema financeiro

O empresário Alexandre da Silva Martins estava foragido. Ele foi condenado por crimes contra o sistema financeiro que ultrapassam US$ 33 milhões

Hellen Leite
postado em 05/07/2021 14:23
 (crédito: Ex-sócio de Ronaldo Fenômeno chega na delegacia. Foto: Reprodução)
(crédito: Ex-sócio de Ronaldo Fenômeno chega na delegacia. Foto: Reprodução)

Ex-sócio do jogador Ronaldo Fenômeno, o empresário Alexandre da Silva Martins foi preso nesta segunda-feira (5/7), no Rio de Janeiro. Ele é condenado por crimes contra o sistema financeiro nacional e contra a ordem tributária e estava foragido, informou a Polícia Civil. O empresário foi localizado num shopping no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.

Alexandre e outros comparsas foram processados por terem atuado como "doleiros" de fiscais e auditores do estado do Rio de Janeiro, em um esquema que teria enviado ilegalmente para a Suíça mais de US$ 33 milhões de dólares (R$ 167 milhões de reais), sem o pagamento de impostos.

Alexandre e Ronaldo foram sócios na empresa Empório Ronaldo do Brasil, que fazia serviços de publicidade. Segundo a polícia, ele estava morando em um condomínio de luxo. A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Polícia Interestadual - Divisão de Capturas (DC-Polinter).

De acordo com os agentes, ele responde a processos há mais de 15 anos e já foi condenado pela Justiça Federal. O empresário será encaminhado ao sistema prisional e ficará à disposição da Justiça.

Propinaduto

A Polícia Federal chegou aos acusados de envolvimento no esquema em 2002, graças a uma denúncia anônima. Alexandre e o também empresário Reinaldo Pitta confessaram que movimentavam contas em nome de cinco funcionários, o que é ilegal. Eles alegaram que a manobra facilitava os pagamentos dos jogadores.

Além dos empresários, foram investigados quatro funcionários da Secretaria de Fazenda do Rio e quatro auditores da Receita Federal. Com o avanço do trabalho da polícia, o número de suspeitos aumentou para 22.

Os fiscais envolvidos no escândalo foram condenados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa a penas que variam entre 14 e 17 anos.

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