MILAGRES

Após ter um filho tomando pílula, mãe tem outro bebê usando DIU, no Rio

O DIU saiu minutos após o filho caçula. O início da gestação foi angustiante por não saber se o dispositivo traria algum tipo de problema ou malformação para o filho

Talita de Souza
postado em 06/07/2021 22:26 / atualizado em 06/07/2021 22:27
 (crédito: Michelle Oliveira)
(crédito: Michelle Oliveira)

“Não há barreiras que impeçam um milagre”. Foi assim que a fotógrafa Michelle Oliveira definiu a chegada de Bernardo, filho caçula de Paula dos Santos Escudero, 32 anos, nascido no Rio de Janeiro, último domingo (4/7). Ele veio a luz mesmo após a mãe utilizar um dos métodos anticoncepcionais considerado mais seguro pelos médicos, o DIU (dispositivo intrauterino).

Segundos após o parto de Bernardo, o dispositivo de Paula foi expelido e usado para registrar a raridade do momento. A foto foi compartilhada pela fotógrafa no perfil do Instagram dela. 

Em entrevista à Revista Crescer, Paula afirma que também engravidou do primeiro filho, Gabriel, quando fazia uso de outro método contraceptivo, a pílula anticoncepcional, e resolveu usar o DIU para testar uma alternativa sem hormônios. Mais de três anos depois, descobriu estar grávida.

“O início da gestação foi angustiante por não saber se o DIU traria algum tipo de problema ou malformação para o meu filho. Mas logo após as consultas médicas, fiquei mais tranquila”, contou.

Bernardo é um bebê saudável que chegou na 36ª semana de gestação, com 3,715 kg e 49 centímetros. Paula afirma que os dois filhos eram desejados e “apenas anteciparam um pouquinho e vieram na hora que quiseram — mesmo com pílula e DIU”.

Segurando o DIU 

Em 2020, um caso parecido ocorreu no Vietnã, quando um bebê nasceu segurando o DIU da mãe. Na época, o ginecologista do Hospital Anchieta de Brasília, José Gomes de Moura Neto, explicou ao Correio como a gravidez com o método contraceptivo pode ocorrer.

“A gente mede o tamanho do útero para o melhor posicionamento e segurança, mas o que ocorre é que, às vezes, o DIU pode se mover por diversos fatores, logo não pode impedir a fecundação com tanta eficácia ocasionando uma gravidez”, disse. “É fundamental frisar que nenhum método é 100% eficaz”, alertou.

Para evitar uma nova gestação, Paula já analisa novos métodos. “Meu marido pensou em vasectomia, mas vamos estudar mais sobre isso”, contou. 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação