O Consórcio Amazônia Legal, formado por governadores de nove estados, lançou, ontem, o Plano de Recuperação Verde (PRV), que pretende estimular a criação de uma “economia verde”, com ações para combater o desmatamento ilegal e incêndios florestais criminosos. A primeira fase do projeto deve ter um aporte de R$ 1,5 bilhão e o presidente do consórcio, o governador Flávio Dino (MA), espera que parte dos recursos venha do Fundo Amazônia, gerenciado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Dino salientou que o desenvolvimento da bioeconomia pode gerar oportunidades para 30 milhões de brasileiros que vivem na região amazônica. Disse ainda que é preciso investir em soluções eficientes e permanentes de preservação.
Segundo o governador, a ideia, com o plano, é colocar em prática ações emergenciais já no segundo semestre de 2021 para frear queimadas e desmamento ilegal, garantindo, ao menos, uma estabilidade do número de hectares destruídos. O governador também citou a necessidade de tomar iniciativas para que o país não chegue à Conferência do Clima (COP26), em Glasgow, Escócia, este ano, como um “vilão ambiental” — o que pode, “trazer consequências econômicas e comerciais gravíssimas para o Brasil”, disse.
O Plano será dividido em quatro eixos: 1º) o combate ao desmatamento ilegal, que deverá contar com R$ 375 milhões nessa primeira fase; 2º) foco em produção sustentável, com R$ 450 milhões em investimentos; 3º) inovação e tecnologia, com R$ 225 milhões; 4º) investimentos em infraestrutura verde, com cerca de R$ 450 milhões (30%) do R$ 1,5 bilhão previsto.
Caso o programa tenha êxito, o país ficará mais próximo de cumprir a meta estabelecida pelo presidente Jair Bolsonaro, na Cúpula de Líderes Pelo Clima, em abril, quando prometeu zerar o desmatamento ilegal até 2030.
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