A utilização de drones no combate de ilícitos ambientais, como na Operação Samaúma, já renderam, aproximadamente, R$ 50 milhões em multas, além da apreensão de mais de 500 mil metros cúbicos de madeira — o que corresponderia a 130 caminhões carregados. Foi o que disse, ontem, o brigadeiro Marcello Lobão Schiavo, presidente do Grupo de Trabalho do Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP), em entrevista ao CB.Poder, uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília.
Ele explicou que a atuação desses aparelhos não tripulados têm sido fundamentais para dar rapidez às fiscalizações. “A aeronave transmite as imagens para o centro de análise. O analista já consegue observar os dados, verificando se realmente há algo a ser investigado ali. O uso do SARP proporciona fazer mais ações no terreno em comparação com aeronaves convencionais. Esse é o grande diferencial”, disse, acrescentando que os drones oferecem mais economia e precisão nas atividades militares.
Uma das vantagens desses aparelhos de vigilância é a discrição. “Ele é silencioso e pequeno em relação aos aviões convencionais. Até porque seu objetivo é entrar no território inimigo, em caso de guerra, sem ser observado. O objetivo principal da operação é reduzir o desmatamento”, salientou.
A Operação Samaúma atua na preservação do bioma nos estados do Amazonas, do Pará, de Mato Grosso e de Rondônia. “Foram mapeados 26 municípios nesses quatro estados. Existe uma faixa limítrofe entre esses locais onde se verificou maior atividade de crime ambiental. Por isso, a intenção de ir onde o foco é pior, a fim de reduzir o problema que nos preocupa tanto”, explicou.
* Estagiários sob a supervisão de Fabio Grecchi
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