SAÚDE

Governo se mobiliza contra a obesidade

Correio Braziliense
postado em 11/08/2021 00:24

Com a pandemia da covid-19 atraindo todas as atenções das autoridades de saúde, outras doenças continuam atingindo, sorrateiramente, as pessoas e, sobretudo, as crianças. Tal como a obesidade infantil, que já acomete cerca de 31,8% dos menores entre cinco e nove anos. O percentual faz parte de levantamento realizado pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) e foi coletado em 2020, a partir da Atenção Primária à Saúde (APS). Para piorar o quadro, calcula-se que 11 milhões de adolescentes também apresentem excesso de peso.

Para tentar combater a doença e incentivar hábitos mais saudáveis, o Ministério da Saúde lançou, ontem, campanha para a qual destinará R$ 90 milhões para auxiliar as cidades na luta contra a obesidade infantil. Para tanto, o ministro Marcelo Queiroga assinou duas portarias: a primeira, cria a Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade infantil (Proteja), que tem como objetivo incentivar a implementação de ações para prevenir a obesidade nos municípios; a segunda, destina três parcelas de R$ 31,9 milhões por ano, durante três anos, para cidades de até 30 mil habitantes que registraram, em 2019, sobrepeso em mais de 15% das crianças menores de 10 anos.

Atenção Primária

Para o ministro da Saúde, a campanha contra a obesidade infantil e o Proteja valorizam a importância da Atenção Primária. “Não há dúvida nenhuma de que a atenção à saúde começa na atenção primária. O governo do presidente Jair Bolsonaro optou por ela como uma ferramenta importante a todos os problemas que afetam a saúde dos brasileiros”, explicou.

Queiroga destacou, também, o papel das escolas no combate à obesidade infantil. “Sabemos que a saúde e a educação são direitos fundamentais e andam juntos. É fundamental essa ação conjunta”, ressaltou ao lado do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que esteve presente no evento.

Ribeiro concordou com o ministro da Saúde e o agradeceu pela campanha. “No tempo em que se só se fala em pandemia e coronavírus, agradeço porque vocês pararam para pensar que existe gente morrendo por outros motivos neste país. E um deles é a obesidade, que depois se transforma em algo muito mais sério na vida do adulto”, salientou. (MEC)

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Serra se afasta para tratamento

 (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O senador José Serra (PSDB-SP) se licenciará do mandato pelos próximos quatro meses para um tratamento médico. Segundo seu gabinete, ele foi diagnosticado com o Mal de Parkinson, em estágio inicial, e está em bom estado de saúde. O afastamento, segundo nota divulgada pelos assessores, é porque “requer um período de adaptação à medicação”.

“O senador está seguro de que, ao final deste período, retomará suas atividades com toda a disposição e proatividade que vêm pautando sua atuação no Senado desde 2015”, afirmou a nota da assessoria. Seu suplente é o ex-deputado federal José Aníbal.

Durante seu período de afastamento, Serra, que tem 79 anos, também vai tratar de um distúrbio do sono. “O parlamentar encontra-se em bom estado de saúde, mas optou pelo afastamento para que seu suplente, José Aníbal, possa assumir, sem deixar a cadeira de senador por São Paulo em vacância durante o período do tratamento experimental. A decisão também evitará eventuais paralisações no andamento dos projetos em favor do país”, disse a assessoria.

O senador esteve internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em 22 de junho, depois de ser diagnosticado com a covid-19. Apesar de estar assintomático, cumpriu quarentena dentro da própria unidade de saúde, também por conta de uma leve pneumonia. Mas, em 6 de julho, Serra passou por um cateterismo e pela colocação de um stent em uma das artérias do coração. Todo o procedimento foi no Sírio-Libanês e ele teve alta quatro dias depois.



7 milhões sem 2ª dose

Pouco mais de um mês do Ministério da Saúde lançar uma campanha para incentivar a população a tomar a segunda dose da imunização contra a covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a chamar atenção da parcela de brasileiros que ainda não completou o esquema vacinal. Ele chamou a atenção de que sete milhões de pessoas não voltaram aos postos de saúde para concluir a imunização contra o novo coronavírus.

O número é maior que o dobro do montante divulgado pelo ministro, no início de julho, durante o lançamento da campanha de incentivo à segunda dose. Na época, a pasta contabilizava 3,4 milhões de pessoas com a aplicação adicional atrasada. Ontem, o número divulgado pelo ministro foi mais do que o dobro do cálculo anterior.

Mas mesmo com o ministro exortando as pessoas a tomarem a injeção adicional, o oferecimento de vacinas continua problemático. Tanto que, ontem, a aplicação da primeira dose no município do Rio está suspensa novamente a partir de hoje por falta de imunizantes — a aplicação da dose segue normalmente.

O prefeito Eduardo Paes anunciou a interrupção e reclamou da demora do Ministério da Saúde para liberar fármacos aos estados, que depois repassam aos municípios.

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