O sargento Max William, do 34º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), passou por uma situação inusitada em Belo Horizonte, na tarde desta quinta-feira (2/9), e, com bom humor, acabou colocando um bandido “pra correr”.
Um criminoso tentou aplicar o golpe da transferência de dinheiro se passando pelo irmão do militar no WhatsApp. Mas o que ele não esperava era o que viria de “comprovante” bancário.
Por troca de mensagem, o bandido tentou se passar pelo publicitário Harlem William, de 40 anos, e enviou mensagens para vários contatos da sua lista, informando que estaria usando um outro número de telefone.
A foto, porém, era a mesma do WhatsApp original de Harlem. Por azar, o golpista enviou mensagem ao seu irmão, que é policial militar.
“Deixa eu te falar eu to com um probleminha aqui você consegue me ajuda” (sic), dizia a mensagem. “Eu tenho que mandar 870 reais pra uma mulher aqui e meu aplicativo não to conseguindo fazer” (sic), continuou o golpista. “Você consegue fazer pra mim até eu resolver aqui Minha internet esta ruin” (sic), pediu o bandido escrevendo sem pontuação e com erros de português. Em seguida, enviou os dados da conta.
O sargento Max William informou que faria a transferência via PIX e enviou o comprovante: sua foto fardado e apontando o seu revólver na direção da câmera do celular. Após a visualização da imagem, o bandido apagou os dados da conta bancária e o bloqueou no aplicativo.
Harlem, que teve sua foto copiada para o golpe, não tem ideia de como o bandido pode ter conseguido seus contatos.
“Não faço a mínima ideia de como isso ocorreu. Porque copiar a foto do WhatsApp de alguém é fácil, mas conseguir os contatos da pessoa é difícil. Não sei se pode ser por logarmos em várias plataformas como, por exemplo, o WhatsApp Web, no computador do trabalho, mas eu não sei como pode ter acontecido”, contou o publicitário, que ainda brincou: “Eu acho que a crise está tão brava que ninguém deu dinheiro para o cara”.
Polícia Militar alerta para novo golpe via WhatsApp
A Polícia Militar de Minas Gerais vem alertando em seus canais oficiais sobre mais uma prática de estelionato: trata-se da criação de um falso perfil de WhatsApp usado para pedir dinheiro a amigos e familiares da vítima.
A partir de um perfil pessoal ou empresarial falso, com a utilização de fotos e nomes encontrados em redes sociais, o criminoso entra em contato com amigos e familiares da vítima comunicando que seu número de WhatsApp mudou.
Após algumas trocas de mensagens, o criminoso pede uma transferência bancária. A ajuda financeira é solicitada com histórias como necessidade de pagamento a um fornecedor da empresa ou alguma necessidade pessoal, com a desculpa de já ter excedido o limite de transferências bancárias do dia, entre outras.
Acreditando realmente que o criminoso é uma pessoa conhecida, a vítima efetua transferências para conta bancária de terceiros.
O criminoso não realiza nenhum tipo de clonagem ou solicita qualquer código enviado no telefone da vítima. Ele apenas utiliza um novo número com a foto de um conhecido ou familiar.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.