Dois suspeitos de participarem da madrugada de terror de segunda para terça-feira passada foram presos, ontem, em São Pedro, na região de Piracicaba (SP). Uma operação contra o tráfico de drogas os deteve e, com eles, a polícia apreendeu roupas táticas, coletes balísticos, lanternas, binóculos, máquina para contar dinheiro, munições ponto 40 e ponto 380, carros, além de cerca de R$ 3 mil. Com essas duas prisões, chega a sete o total de bandidos que participaram da ação que já estão sob custódia do estado.
Até agora, três suspeitos morreram — um durante confronto com a polícia; o segundo estava internado com ferimentos, na Santa Casa de Piracicaba, e um terceiro foi encontrado morto em Sumaré, em um carro abandonado, mas este caso vem sendo investigado para confirmar a participação no assalto. O que pode ligá-lo ao mega-assalto em três agências bancárias de Araçatuba é o fato de que ele estava com colete balísitico, além de luvas e calça camuflada.
Inicialmente, pensava-se que pelo menos 50 homens tinham participado da ação violenta, mas, à medida que suspeitos foram presos, a polícia concluiu que cerca de 20 bandidos espalharam o pânico pela cidade. Três pessoas morreram na ação, sendo dois moradores, e outras cinco ficaram feridas — uma delas o ciclista que teve os pés e os dedos das mãos amputados depois de ser atingido por um explosivo.
Ponto 50
O que chamou a atenção dos investigadores foi que uma grande quantidade de explosivos foi encontrada nas ruas, nos bancos, em carros abandonados e em um caminhão deixado perto das agências assaltadas. As apurações feitas com base nas imagens, e analisando os sons de rajadas, marcas encontradas nas paredes, projéteis e carregadores apreendidos, levaram a polícia a acreditar que os criminosos usaram, pelo menos, duas metralhadoras ponto 50 — uma arma capaz de derrubar aeronaves e restrita das Forças Armadas. O calibre seria capaz de perfurar a blindagem dos carros-fortes usados pelas forças de segurança.
Segundo os investigadores, a possibilidade de ter sido uma arma de calibre tão pesado está no fato de que um dos carros usados pelos criminosos apresentava o vidro do passageiro adaptado — um imenso círculo está no para-brisa. A quadrilha também utilizou fuzis ponto 556 e ponto 762, ambos de alto impacto e capazes de furar blindagens de menor resistência. Os bandidos também usaram armas automáticas leves — sobretudo pistolas calibre 9 milímetros.
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