De volta ao trabalho após se manter em quarentena com covid-19 em Nova York, o ministro Marcelo Queiroga condicionou a realização de um novo contrato de compra da vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, à aprovação de uso definitivo do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o ministro, a vacina da Janssen também seguirá o mesmo processo.
“Nós tínhamos uma emergência sanitária, essas vacinas foram feitas em tempo recorde e, no primeiro momento, a Anvisa concedeu um registro emergencial, não só à CoronaVac, como para vacina da Janssen também. Se quer entrar no calendário nacional de imunização do Brasil, vai ter que solicitar o registro definitivo”, disse em entrevista a jornalistas na entrada do ministério. Ainda segundo ele, uma vez que a agência reguladora conceda o registro definitivo, a pasta poderá considerar qualquer vacina para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
O ministro reconheceu que há “dificuldades orçamentárias” e, por isso, disse que quanto mais oferta de imunizantes, mais chances de o preço cair. “Nós temos dificuldades orçamentárias e isso não é surpresa para ninguém. Nós temos que vencer isso juntos com união nacional para superar esses problemas, com o poder Executivo, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal de Contas da União (TCU)”, ressaltou.
Apesar de falar na possibilidade de se vacinar novamente contra a covid-19 a população brasileira no próximo ano, Queiroga ponderou que o assunto ainda está sendo debatido pelo Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI). “Vamos caminhar com o planejamento da campanha em 2022. Na realidade, todos os países do mundo não sabem ainda ao certo qual é a melhor estratégia, mas temos alguns caminhos que estamos discutindo com o grupo técnico, com a CTAI, e, assim que tivermos essa posição definida, vamos passar para vocês”, disse.
De acordo com Queiroga, até o fim do ano, o Brasil ainda deve receber 100 milhões de vacinas da Pfizer, mais de 30 milhões de unidades da Janssen, além de doses do consórcio Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de vacinas da AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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