Vacinação completa chega a 100 milhões

Marca foi alcançada nove meses depois do início da imunização e representa 47% da população. Ministro Queiroga recomenda a quem não tomou a segunda dose que procure uma unidade de saúde para completar o esquema vacinal

Maria Eduarda Cardim
postado em 14/10/2021 00:01 / atualizado em 14/10/2021 02:33
 (crédito: EVARISTO SA)
(crédito: EVARISTO SA)

Quase nove meses depois de iniciar a campanha de vacinação contra a covid-19, o Brasil alcançou, ontem, a marca de 100 milhões de pessoas totalmente vacinadas contra o novo coronavírus. Ao todo, segundo dados do LocalizaSUS, 100.200.754 de brasileiros receberam as duas doses da vacina ou o imunizante de dose única. Esse número corresponde a 62,5% do público-alvo da campanha de vacinação, segundo o Ministério da Saúde. Apesar da marca, o país ainda não atingiu metade da população totalmente vacinada, e atualmente conta com 47% das pessoas com o ciclo completo.

“Caminhamos muito desde o início da campanha de vacinação, mas precisamos avançar ainda mais. Por isso, convido a todos os brasileiros que ainda não tomaram a segunda dose da vacina que voltem ao posto de vacinação para completar o esquema vacinal. Só vacinados venceremos o vírus e voltaremos ao nosso normal”, comentou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre a marca atingida.

A primeira vacina contra a covid foi aplicada no Brasil em 17 de janeiro, logo após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso emergencial das vacinas CoronaVac e da vacina da AstraZeneca. Desde então, o país enfrentou desafios como paralisações na aplicação dos imunizantes e atraso no recebimento do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para produzir as vacinas no Brasil, entre outros empecilhos.

A maioria dos brasileiros já tomou a primeira dose da vacina. Ao todo, 150 milhões de pessoas receberam a primeira dose necessária para a imunização. Até o momento, o governo federal enviou às unidades federativas mais de 301 milhões de doses de vacina contra covid-19. Os efeitos da vacinação são evidentes. O Ministério da Saúde informou que foram registrados 7.852 novos casos e mais 176 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 21.597.949 pessoas infectadas e 601 574 óbitos.

No quadro internacional, o Brasil ocupa a 62ª posição no ranking de países na vacinação contra a covid-19 em relação à população de cada nação, segundo a Universidade Johns Hopkins, com sede nos Estados Unidos. O país, no entanto, está acima da média mundial, de pouco mais de 35%. Quando considerados os números absolutos, o Brasil ocupa a quarta posição como país com mais pessoas com o ciclo vacinal completo, atrás dos Estados Unidos (187,7 milhões), da Índia (272,6 milhões) e da China (1,047 bilhão).

Ontem, em Washington, onde participa de encontros com o Fundo Monetário Internacional e com investidores, Guedes comentou sobre os avanços da vacinação. Disse que a imunização dos brasileiros é uma prioridade (Leia mais na página 9). A postura do ministro da Economia contrasta com a do chefe dele. Na terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que decidiu não tomar a vacina contra a covid-19. “Eu estou vendo novos estudos, a minha imunização está lá em cima, para quê vou tomar a vacina?”, alegou. "Para mim, a liberdade acima de tudo. Se o cidadão não quer tomar a vacina, é um direito dele e ponto final”, disse, em entrevista ao programa Os pingos nos Is, da Jovem Pan. (Colaboraram Ingrid Soares e Rosana Hessel)


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