O Senado Federal lançou, ontem, o segundo Plano de Equidade de Gênero e Raça, a ser implementado entre 2021 e 2023. O documento traz uma série de medidas e metas em cinco campos: comunicação, educação, cultura organizacional, gestão e saúde, definidos como cruciais para a promoção da equidade de gênero e raça. Durante o lançamento, a diretora-geral da Casa, Ilana Trombka, afirmou que o plano visa ser exemplo para outros órgãos, e falou sobre as expectativas para o próximo biênio.
O relatório final é fruto de um esforço interdisciplinar que envolveu mais de 20 setores da Casa em reuniões com o Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça do Senado. A nova edição traz 26 objetivos. Entre as medidas previstas no plano, há a apresentação do Programa de Assistência a Mulheres em Situação de Vulnerabilidade Econômica em Decorrência da Violência Doméstica e Familiar às assembleias e câmaras legislativas do país. A meta é levar o programa para, pelo menos, 14 unidades da Federação.
“É um plano de 30 meses e inclui a questão da raça e da gordofobia. Nos entristecemos por não termos outras ações neste sentido, pois é uma questão de toda a sociedade”, comentou Trombka. Ela destacou que o plano é uma medida organizacional e de inspiração para empresas e outros órgãos públicos. A diretora afirmou que, desde o lançamento da primeira edição, em 2019, houve melhora na representatividade e nas relações dentro do Senado. “Nossas pesquisas mostram que avançamos muito. As pessoas relatam melhora nas relações interpessoais e nas discussões sobre os temas. Precisamos avançar mais na representatividade”, comentou.
Também estava presente a representante da ONU Mulheres no Brasil, Anastasia Divinskaya. “Parabenizamos o Senado pela realização bem-sucedida do primeiro plano; 86% das metas atingidas é um resultado muito impressionante”, disse. Anastasia, porém, considerou que é preciso que as mudanças sejam percebidas em todo o país: “Precisamos incentivar uma colaboração com a sociedade civil para monitoração, avaliação do plano”. A senadora e Procuradora da Mulher no Senado, Leila Barros (Cidadania), também presente no lançamento, lamentou a atual situação do país em relação à violência de gênero e de raça e destacou a importância do plano para mudar essa realidade.
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