OUTUBRO ROSA

Queiroga: 'Cuidar do câncer de mama é cuidar da dignidade das mulheres'

Em balanço da pasta, ministro destacou que em 2021 foram feitos 4,2 milhões de procedimentos de quimio e radioterapia em 108 mil mulheres, além de 2 milhões de mamografias, 9,1 mil cirurgias e 2,1 milhões de reconstruções mamárias

Em meio ao Outubro Rosa, o Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20/10) o balanço das ações da pasta na luta contra o câncer de mama. O ministro da pasta, Marcelo Queiroga, destacou que em 2021 foram feitos 4,2 milhões de procedimentos de quimio e radioterapia em 108 mil mulheres, além de 2 milhões de mamografias, 9,1 mil cirurgias e 2,1 milhões de reconstruções mamárias.

“As mulheres representam cerca de 50% da nossa população. É uma força de trabalho extraordinária. Por isso que o nosso governo, o presidente Jair Bolsonaro criou o ministério da Mulher. Falar em mulher, em família, é uma sintonia de direitos humanos porque isso tudo tem a marca e a força, especialmente da mulher brasileira. Sabemos que cuidar do câncer de mama é cuidar da dignidade das nossas mulheres. Esse é o compromisso do Ministério da Saúde”, apontou.

Queiroga ressaltou que o câncer de mama é a principal causa de morte nas mulheres e que o compromisso do governo é de ampliar acesso aos exames e tratamento. “Temos que fazer o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e curar todas aquelas que tenham câncer de mama no Brasil. Temos uma política pública organizada, oferecemos todas as opções terapêuticas, tratamento cirúrgico, tratamento quimioterápico, com radioterapia e a possibilidade de reconstituição da mama. O nosso compromisso é ampliar o acesso para dar mais dignidade às nossas mulheres. O governo ampliou em quase 4 vezes a distribuição de equipamentos de aceleradores lineares para o tratamento do câncer”.

O ministro relatou ainda a importância do acompanhamento cardiológico, sobretudo, em mulheres submetidas à quimioterapia.

“O impacto da terapia do câncer é no coração. Sabemos que nas mulheres que se curam do câncer de mama, a primeira causa de mortalidade é a doença cardíaca. Precisamos alertar a população acerca desses aspectos. Deve constar no atendimento do câncer uma avaliação cardiológica para verificar os fatores de risco cardiovasculares”.

Comunidades ribeirinhas

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, falou sobre a dificuldade do acesso médico em comunidades ribeirinhas. “Já fui no Marajó e já encontrei filhos com o pedido de mamografia da mãe em casa e a mãe morta há 3 anos. É essa a realidade do meu país. É isso que nós estamos enfrentando”.

Ela ressaltou a distribuição de perucas pela Casa Paulistana como forma de ajudar a manter a vaidade das mulheres em quimioterapia e fez um apelo para que não desistam do tratamento. Por fim, parabenizou o Ministério da Saúde pelo trabalho realizado. "Só um governo com muita coragem faz da sua gestão todos os meses rosa, todos os dias rosa".

O Secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, citou a iniciativa realizada em Marajó (PA), que levou 10 especialistas em saúde da mulher para atender a comunidade ribeirinha.

Autoexame

Já a deputada federal Soraya Manato (PSL-ES) falou sobre a importância do autoexame e destacou o aporte de R$ 6 milhões para o estado com destino a detecção do câncer de mama e útero.

"Nós sabemos da importância de um diagnóstico precoce, de uma prevenção, de uma consulta ginecologista anual, pois através de uma consulta, às vezes, a paciente não tem idade para ter o câncer, mas tem histórico familiar”. “Vemos a importância do paciente ter acesso, além do diagnóstico precoce, ser encaminhado para o tratamento de forma rápida. Quanto mais rápido iniciar esse tratamento, maior a chance de sobrevida desse paciente”.

Impactos da pandemia

Maíra Botelho, Diretora de Atenção Especializada e Temática, disse que o Ministério da Saúde persegue dois objetivos: a redução da incidência de câncer e a expansão da capacidade do sistema de saúde. Ela ainda relatou os impactos da pandemia no sistema de saúde.

"A pandemia impactou o sistema de saúde em todo o mundo, não foi diferente no país. Durante a pandemia, a OMS reportou que 40% dos países reduziram ou interromperam suas atividade de rastreamento de câncer de mama e de colo de útero. O MS monitorou diariamente os indicadores de acesso para essa população de detecção precoce e, a partir disso, desenvolveu inúmeras ações para ofertar apoio de equipe e financeiro em articulação com estados e municípios".

"O sistema precisou se reorganizar e redesenhar para garantir acesso a todas essas mulheres. Nosso objetivo é sensibilizar para que as mulheres desenvolvam o auto-cuidado conscientizando os profissionais de buscar essas mulheres", finalizou.

O evento ainda contou com a presença da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

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