Nove bombeiros civis morreram após um desabamento na Gruta Duas Bocas, em Altinópolis, município do interior de São Paulo, na madrugada de ontem. Outras sete vítimas também atingidas pelo acidente foram resgatadas no local e encaminhadas aos hospitais da região. Destas, cinco tiveram alta hospitalar e outras duas apresentavam quadro de saúde estável após terem passado por cirurgias, segundo a Defesa Civil. De acordo com o Corpo de Bombeiros, não há mais buscas no local.
O desmoronamento atingiu parte de um grupo de 28 bombeiros civis que participava de um curso de treinamento. Imagens divulgadas pelo Corpo de Bombeiros mostram que as equipes trabalharam em um local com pouca iluminação e teto baixo, sem o uso de maquinário.
A Secretaria de Segurança Pública chegou a enviar um grupo de especialistas em resgate ao local, acompanhado por técnicos da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil e um geólogo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Segundo a prefeitura de Altinópolis, a gruta fica em uma propriedade privada (chamada Fazenda Rancho 65) localizada na zona rural do município, que é um polo de ecoturismo na região, com grutas e cachoeira.
Curso de formação
O grupo participava de um curso de formação da escola Real Life, de Ribeirão Preto, que atua há nove anos no setor. Sócia da empresa, Tainá Pereira conta que todos os alunos já atuavam como bombeiros civis e estavam em um treinamento de resgate em cavernas. Segundo ela, o grupo que conseguiu escapar do desabamento ficou no local, enquanto um dos instrutores saiu em busca de apoio para o resgate. “Ele foi pela trilha buscar ajuda sozinho, no escuro e chovendo”, contou.
Tainá relatou que os alunos são de Ribeirão Preto, Franca e Batatais e estavam no entorno da gruta desde sábado à tarde. De acordo com ela, um dos instrutores conhecia a região. “Ninguém esperava que isso iria acontecer”, lamentou.
O prefeito de Altinópolis, José Roberto Ferracin Marques (PSD), disse que o município não foi informado previamente sobre o treinamento. “Nossa Defesa Civil foi acionada por volta das 3h para atender uma ocorrência de desmoronamento nessa gruta, que fica em área particular. O grupo de bombeiros e o proprietário da fazenda não fizeram contato prévio com a administração”, contou o prefeito.
“Novo cangaço”: Polícia de Minas
mata 26 suspeitos
A operação das polícias Militar de Minas Gerais (PMMG) e Rodoviária Federal (PRF) que resultou na morte de 26 suspeitos de envolvimento no “novo cangaço”, em Varginha, no Sul de Minas, na madrugada de ontem, abortou ataque que estava sendo preparado a um centro de distribuição de valores do Banco do Brasil no município mineiro. A expressão “novo cangaço” tem designado ataques de quadrilhas que se tornaram frequentes desde o fim dos anos 90, estruturados para invadir pequenas cidades e assaltar bancos. O grupo de criminosos foi surpreendido em uma chácara que teria sido alugada por eles, de acordo com a polícia, onde houve reação e foi recolhido armamento de guerra, inclusive armas que são de uso exclusivo das Forças Armadas. O governador Romeu Zema (Novo) se pronunciou sobre a operação em sua conta no Twitter: “Em Minas, a criminalidade não tem vez”.
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