Morte de Marília Mendonça

Duas vítimas moravam no DF

Geraldo Medeiros Júnior era morador da Asa Sul; Tarciso Pessoa Viana, de Samambaia. Corpo do comandante será cremado hoje

Giovanna Fischborn Sarah Paes Especial para o CORREIO Ana Maria Pol Pedro Grigori Júlia Eleutério
postado em 07/11/2021 00:01
 (crédito: Bárbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Bárbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)

O piloto e o copiloto do avião que caiu na tarde dessa sexta-feira (05/11), com a cantora Marília Mendonça e parte da equipe, moravam no Distrito Federal. O comandante Geraldo Medeiros Júnior tinha 56 anos. Nascido em Floriano, no Piauí, mudou-se para Brasília logo após o nascimento, porque, à época, o pai havia sido transferido para o Ministério das Comunicações, na capital. Ele deixou a esposa e três filhos: Vitória Dias Medeiros, do primeiro casamento, Laura, 10 anos e João, 3, nascidos na segunda união.

Tarciso Pessoa Viana, 37, copiloto do bimotor, era morador de Samambaia Sul. Ele deixa dois filhos —Pedro, 21, Nicole, 5 anos — e a esposa, grávida de 7 meses de Clara.

Além de Marília, Geraldo e Tarciso, o avião transportava o assessor e tio da cantora, Abicieli Silveira, e o produtor Henrique Ribeiro, que também faleceram no local.

A reportagem do Correio esteve no prédio onde morava Geraldo, na Asa Sul. Um vizinho, que não quis se identificar, disse que o piloto era uma pessoa muito doce e educada. "Querido por todos aqui. Com certeza, vai deixar muita saudade", conta. Disse também que Geraldo chegou a ser síndico do prédio e tinha uma boa convivência com os moradores.

O condomínio onde morava o copiloto, em Samambaia Sul, não estava muito movimentado. Em condição de anonimato, uma pessoa que mora no condomínio e o conhecia de vista lamentou: "Ele era muito educado, sempre o via com a filhinha aqui no prédio. A família era muito tranquila".

Despedida

De acordo com a família do piloto, após o velório no Cemitério Campo da Esperança, neste domingo, o corpo de Geraldo será cremado em Valparaíso de Goiás e as cinzas serão levadas para o Piauí. "O plano da mãe dele é levar as cinzas para a cidade em que ele nasceu e colocar junto às cinzas do pai dele, que faleceu há três anos, no túmulo do irmão mais novo, que morreu novo, aos 23 anos. Agora, minha irmã vai passar por mais essa", lamenta a madrinha do piloto.

Até o fechamento desta reportagem, a família de Tarciso não deu informações sobre o velório e sepultamento do corpo do copiloto.

Carreira

Geraldo era piloto aposentado da companhia aérea Tam e, depois da aposentadoria, realizou um curso de reciclagem e voltou a atuar na profissão que amava. Ao Correio, a madrinha e tia do piloto, Maria do Carmo Drumond Martins, de 84 anos, disse: "Ele começou a carreira no ar fazendo um curso em Juiz de Fora, em Minas Gerais, para ser paraquedista. Depois, entrou na aviação e foi piloto durante muitos anos. Temos muito orgulho dele. Ele era uma pessoa boa. De todos os filhos da minha irmã, era o mais chegado à família do Piauí".

Maria Genuina Drumond de Medeiros, mãe de Geraldo, que mora no Piauí, chegou a ver o filho nesta última semana. "Ela foi passar férias em Brasília e voltou para o Nordeste porque tinha uma viagem de férias marcada para o Ceará, onde recebeu a notícia da morte do filho. Agora, já viajou para Brasília para ajudar a organizar o enterro", conta a tia.

Durante a pandemia, Geraldo levou pessoas doentes de Manaus para outras cidades do Brasil com maior capacidade de atendimento. "Ele trabalhou muito, principalmente agora, na pandemia. Voou o Brasil todo fazendo isso", diz a prima Maria Tereza.

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