Investigação

Polícia do Rio pedirá arquivamento de inquérito sobre morte de MC Kevin

A 16.ª Delegacia, localizada no mesmo bairro, não encontrou "elementos que caracterizem crime" na morte do funkeiro

Agência Estado
postado em 15/11/2021 21:53
 (crédito: Revolução Records/WMD/Divulgação)
(crédito: Revolução Records/WMD/Divulgação)

A Polícia Civil do Rio concluiu a investigação e pedirá à Justiça o arquivamento do inquérito que apura a morte do cantor Kevin Nascimento Bueno, o MC Kevin, que caiu de uma varanda de um hotel na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, há seis meses. A 16.ª Delegacia, localizada no mesmo bairro, não encontrou "elementos que caracterizem crime", segundo nota da Civil.

"Em novos depoimentos, as testemunhas não acrescentaram informações relevantes ou contraditórias às que já haviam sido apuradas. Segundo as investigações, o cantor tentou sair do quarto onde estava pulando a varanda para alcançar o andar inferior, mas perdeu o apoio, se desequilibrou e caiu", explicou a corporação.

Os desdobramentos da investigação corroboram o que apontou um laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli. Os peritos indicaram que Kevin caiu acidentalmente do quarto 502 do hotel, sem indícios de que conflitos possam ter gerado algum crime no local. Por envolverem relatos de sexo e traição, as circunstâncias da morte do MC se transformaram em uma novela, com diversas versões ventiladas inicialmente.

Grande sucesso no funk de São Paulo, MC Kevin, de 23 anos, foi inspiração para milhões de fãs que viam em seu repertório a representação da superação. Seu primeiro hit veio em 2014, Prepara Novinha, em parceria com MC Pedrinho. Já com MC Davi, ele criou o funk Pra Inveja é Tchau, que conseguiu mais de 200 milhões de visualizações.

Muito atuante entre os artistas, o músico da Zona Norte de São Paulo participou de canções que traduziam o difícil cotidiano das favelas, fazendo críticas sociais assertivas. Um de seus grandes sucessos como cantor é Vergonha pra Mídia, do MC Salvador da Rima, em que prega o funk consciente unido ao rap de protesto. A faixa logo foi adotada pela juventude da periferia.

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