Novo Cangaço

Varginha: polícia identifica corpos de suspeitos mortos em operação

Na ação conjunta da Polícia Militar de Minas (PMMG) e da Polícia Rodoviária Federal, foram mortos 26 pessoas, que, de acordo com a PM faziam parte de um grupo criminoso

A Polícia Civil informou, na noite de ontem, que identificou os corpos de três suspeitos mortos na operação contra o novo cangaço, realizada na madrugada de domingo em dois sítios, em Varginha, no Sul de Minas Gerais. São eles Nunis Azevedo Nascimento, de 33 anos; Gleisson Fernando da Silva Morais, 36; e Gerônimo da Silva Souza Filho, 28.

Na ação conjunta da Polícia Militar de Minas (PMMG) e da Polícia Rodoviária Federal, foram mortos 26 pessoas, que, de acordo com a PM faziam parte de um grupo criminoso que planeja assalto ao setor de tesouraria local do Banco do Brasil ou a transportadoras de valores. Nenhum policial foi ferido na ação que ocorreu em duas chácaras, onde os suspeitos foram surpreendidos.

Ao Estado de Minas, fontes policiais que atuaram no local onde ocorreram as mortes informaram que há mais sete corpos identificados: José Filho de Jesus Silva Nepomuceno, de 37 anos; Dirceu Martins Neto, 24; Thalles Augusto Silva, 32; Júlio Cezar de Lira, 36; Francinaldo Araújo da Silva, 44; Arthur Fernando Ferreira Rodrigues, 37 e Itallo Dias Alves, 26. De acordo com as mesmas fontes, ao todo, oito suspeitas são de Uberaba, no Triângulo Mineiro.

Um dos identificados, Nunis Nascimento nasceu em Novo Arapuanã, no interior do Amazonas, mas portava documentos de Rondônia. Ele era investigado por participação na explosão de um caixa eletrônico, crime ligado ao novo cangaço, dentro da Assembleia Legislativa de Rondônia.

Em 2019, Nunis fugiu do Complexo Penitenciário Santa Izabel, no Pará. Ele também sequestrou um engenheiro da prefeitura de Porto Velho em 2015, além de ter sido identificado em outras ocorrências. Gleisson Fernando da Silva Morais nasceu em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Já Gerônimo da Silva Souza Filho é de Porto Velho.

A secretária-executiva da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a médica legista Tatiana Telles, informou que as amostras de DNA coletadas dos 26 corpos serão inseridas no Banco Nacional de Perfis Genéticos. A partir desse trabalho, serão identificadas as prováveis participações deles em outros crimes.

Segundo informações divulgadas pelo comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais), tenente-coronel Rodolfo César Morotti Fernandes, o grupo dos 26 mortos é suspeito de envolvimento em roubos cometidos neste ano contra instituições financeiras em Araçatuba (SP) e Criciúma (SC) e no assalto ao Banco do Brasil, em Uberaba, em junho de 2019.

Especial para o Estado de Minas

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