Retaliação

Diretores da Anvisa reagem a Bolsonaro e falam em "ativismo político violento"

Mais cedo, os servidores da agência, por meio da Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa), criticaram atitude do presidente de querer divulgar nomes envolvidos na aprovação da vacina contra a covid-19 para crianças

Maria Eduarda Cardim
postado em 17/12/2021 14:44 / atualizado em 17/12/2021 14:44
 (crédito: Anvisa/Divulgação)
(crédito: Anvisa/Divulgação)

Após os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicarem uma nota de repúdio em reação à declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro, feita na live desta quinta-feira (16/12), os diretores do órgão também manifestaram recusa a qualquer tipo de ameaça “explícita ou velada” que venha intimidar o exercício da atividade regulatória.

“A Anvisa está sempre pronta a atender demandas por informações, mas repudia e repele com veemência qualquer ameaça, explicita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias”, diz a nota.

O texto é assinado pelo diretor-presidente, AntonioBarra Torres, e pelos diretores Meiruze Freitas,Cristiane Rose Jourdan, Romison Rodrigues Mota e Alex Machado Campos.

A nota relembra as ameaças sofridas pelos diretores ainda em outubro quando ainda estava em avaliação a aprovação da vacina da Pfizer para crianças. Os diretores concluem que a agência reguladora é alvo de “ativismo político violento”.

“Em outubro do corrente ano, após sofrer ameaças de morte e de toda a sorte de atos criminosos, por parte de agentes antivacina, no escopo da vacinação para crianças, esta Agência Nacional se encontra no foco e no alvo do ativismo político violento”, diz o texto.

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