Turismo

Maksoud Plaza encerra atividades e funcionários são informados pela imprensa

Primeiro hotel 5 estrelas de São Paulo teve processo de recuperação judicial concluído nesta terça-feira (7/12)

Depois de 42 anos de atividade, o Maksoud Plaza, um dos hotéis mais tradicionais de São Paulo, fechou as portas oficialmente nesta terça-feira (7/12). O processo de recuperação judicial iniciado no ano passado foi concluído, após uma crise que se arrasta há mais de uma década e envolve litígios societários, passivos trabalhistas e dívidas com fornecedores.

Os funcionários do hotel já haviam recebido um aviso prévio, mas só tiveram a confirmação oficial do encerramento das atividades, hoje, pela imprensa.

O anúncio do fechamento foi feito em conjunto pela HM Hotéis, administradora do hotel, e pela Hidroservice Engenharia, sua controladora. A crise acelerada pela pandemia e o plano de reestruturação foram apontados como razões do encerramento de atividades após 42 anos.

“A crise sanitária causada pela covid-19 teve enorme impacto sobre os setores de hospitalidade. O Maksoud Plaza ficou fechado pela primeira vez em sua história entre março e setembro de 2020. Isso causou prejuízos que superam R$ 20 milhões”, informou em nota a assessoria do hotel.

O estabelecimento entrou com um pedido de recuperação judicial em setembro de 2020 para pagar as dívidas de R$ 110 milhões.

Portas fechadas no dia 27 

Com isso, a desmontagem do espaço deve ser feita até o dia 27, o último dia de trabalho dos funcionários. De acordo com a assessoria do hotel, a marca será mantida e deve anunciar novos empreendimentos em breve. Os clientes que tinham reservas futuras no Maksoud Plaza serão reembolsados.

Inaugurado em 1979, Maksoud Plaza foi o primeiro hotel cinco estrelas da cidade de São Paulo e chegou a hospedar grandes artistas, políticos e empresários. O empreendimento recebeu astros internacionais, como Frank Sinatra, Julio Iglesias, Rolling Stones e Guns N’Roses. Outros ex-hóspedes ilustres foram a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, o então secretário-geral da ONU Kofi Annan, e os príncipes Rainier e Albert, de Mônaco.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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