De novo, a 'liberdade'

Um dia depois de endossar a afirmação do presidente Jair Bolsonaro de que "é melhor perder a vida do que perder a liberdade", o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o direito à vida e à liberdade são indissociáveis. A declaração foi feita em cerimônia de premiação de iniciativas para pessoas com deficiência, realizada no Ministério da Saúde.

"O Estado brasileiro consagrou a dignidade da pessoa humana como princípio básico da nossa democracia. Então, o direito à vida e o direito à liberdade são indissociáveis. Vida e liberdade. A defesa da vida desde a sua concepção", disse o cardiologista, ao indicar que o Sistema Único de Saúde (SUS) é uma ferramenta fundamental para que esses direitos sejam implementados.

Queiroga voltou a falar sobre o surgimento de variantes do novo coronavírus e disse que não está desesperado, já que, como ministro da Saúde, tem o controle do SUS "nas mãos" e conta com a confiança de Bolsonaro.

"Todo dia podem aparecer variantes que causam preocupação, mas não causam desespero, pelo menos para mim, o ministro da Saúde. Porque tenho nas minhas mãos o controle do Sistema Único de Saúde e a confiança do presidente da República, para que possamos transformar todos os recursos que chegam a essa Casa", afirmou.

Já Bolsonaro reiterou, para seus apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, que não pretende exigir o chamado "passaporte da vacina" no Brasil. E ainda atribuiu a adoção de um documento nesses moldes à esquerda.

"Jamais vou exigir passaporte da vacina de vocês. Imaginem se tivesse o Haddad no meu lugar", disse, referindo-se ao adversário do PT na última disputa presidencial.

Somente entre terça-feira e ontem, o Brasil registrou 233 óbitos causados pela covid-19, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com os registros, o País acumula 616.251 vidas perdidas para a doença.(MEC)