A variante ômicron fez a primeira morte no Brasil. A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia (GO) confirmou o óbito de um paciente em decorrência da nova cepa do novo coronavírus. O homem não resistiu à infecção apenas três dias depois de ter dado entrada no hospital.
A vítima tinha 68 anos, mas apresentava um quadro de saúde considerado de risco, com doença pulmonar obstrutiva crônica pré-existente e hipertensão arterial. Ele havia sido vacinado com as três doses de imunizante contra o novo coronavírus — o que faz com que, em casos menos complexos, a infecção não acarrete em morte. De acordo com a secretaria, o paciente evoluiu para um quadro de choque séptico devido às complicações provocadas pela doença.
Ainda segundo a pasta, o óbito aconteceu 10 dias depois que o município reconheceu a transmissão comunitária da ômicron. A contaminação do homem já estava relacionada ao número total de infectados com a nova variante.
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, chamou a atenção da população para as medidas de prevenção. "Determinei a ampliação do Programa de Vigilância Genômica para que possamos acompanhar o avanço de qualquer nova variante. E hoje (ontem), com tristeza, recebi a notícia da primeira vítima fatal da ômicron", disse.
Com o avanço da nova cepa, a vacinação segue sendo ainda mais importante por reduzir as chances de complicações e mortes, como destacou o secretário de Saúde do município, Alessandro Magalhães. Ele relembrou que não se pode esquecer dos protocolos de proteção, como o uso de máscara e do distanciamento social sempre que possível.
"Perdemos um paciente vacinado, mas que tinha problemas crônicos de saúde, que são importantes fatores de risco da covid-19. Infelizmente, ele não resistiu. Uma vida perdida em meio a milhares salvas pela imunização", afirmou.
Avanço rápido
O primeiro caso da variante no Brasil foi confirmado em 30 de novembro do ano passado. Desde então, a ômicron já é responsável pela maioria dos casos de covid no país. Pesquisa do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), em parceria com os laboratórios Dasa e DB Molecular, também mostrou que variante prevaleceu em 92,6% das amostras analisadas no Brasil. Foram analisadas 2.463 amostras coletadas entre 26 de dezembro e 1º de janeiro.
A pesquisa incluiu 32.946 amostras, em 415 municípios de 25 estados. A ômicron foi identificada em 80 municípios de oito estados: Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal.
Para o diretor geral do Hospital de Base, Julival Ribeiro, a vacinação com reforço é a melhor estratégia para prevenir a infecção pela nova variante. "A vacinação previne casos graves e mortes. Mesmo assim, há muitos casos de pessoas vacinadas com infecção pela ômicron. Por isso, as medidas preventivas continuam essenciais", explicou.
* Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi
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