Afastamentos sobem

Correio Braziliense
postado em 15/01/2022 00:01

O número de afastamentos e entrega de atestados em decorrência de problemas respiratórios cresceu em dezembro de 2021 em relação à média mensal calculada no período de março de 2020 a agosto de 2021, aponta levantamento da Closecare, startup de gestão de atestados médicos. A percentagem de atestados entregues relacionados à problemas respiratórios ou covid-19 superou em 8% o pico da segunda onda, em março de 2021: enquanto, naquele mês, a cada 100 atestados, 36 tinham relação com problemas respiratórios, no último mês de dezembro, este número subiu para 39.

Os dados do último levantamento mostram que, de março de 2020 a agosto de 2021, os afastamentos tiveram impacto de aproximadamente R$ 115 bilhões para as empresas brasileiras no período avaliado.

Ao mesmo tempo, em virtude da evolução da vacinação no país, a duração média dos afastamentos relacionados a problemas respiratórios diminuiu. Em março de 2021, os atestados, em média, era de sete dias, e em dezembro, foi de quatro dias.

Outro impacto positivo da vacinação é que os atestados relacionados a problemas respiratórios provocaram menos custos para as empresas. No pico da segunda onda, eles causaram impacto médio de R$ 1.206 cada, em dezembro passaram a custar R$ 738.

Segundo a Closecare, as prévias dos dados de janeiro de 2022 indicam crescimento em relação a dezembro, na proporção de atestados relacionados a problemas respiratórios ou covid. Em dezembro, 39,1% dos atestados recebidos eram relacionados à pandemia, em janeiro de 2022 a previsão é de que 51% estejam ligados à covid.

Com o boom de casos neste mês, espera-se que o total de atestados aumente. Enquanto historicamente um a cada quatro funcionários (25%) entrega ao menos um por mês, a expectativa é que este número cresça até 50% em algumas regiões com maior proliferação do vírus.

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