14 anos após UPPs, Rio dá início a novo projeto de ocupação de comunidades

Cidade Integrada teve início pelo Jacarezinho, comunidade que, em maio do ano passado, sofreu com a operação policial mais letal do estado

Thays Martins

postado em 19/01/2022 10:12 / atualizado em 19/01/2022 10:30

(crédito: PMERJ/ reprodução )

O governo do Rio de Janeiro deu início na manhã desta quarta-feira (19/1) ao novo projeto de ocupação social das comunidades do estado, o Cidade Integrada. O projeto é uma espécie de reformulação do programa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), criado em 2008.

A primeira comunidade escolhida para receber o projeto foi o Jacarezinho, na Zona Norte da cidade. Em maio do ano passado, uma operação policial na comunidade foi a mais letal da história do estado, com 28 mortos.

A ação conta com a presença de 1200 policiais. A ideia do projeto é que as ruas da comunidade vão ser patrulhadas pela Polícia Militar, que delegacias investiguem organizações criminosas e que a comunidade recebe intervenções urbanísticas.

Equipes da Coordenadoria de Polícia Pacificadora #CPP operam na comunidade do #Jacarezinho em apoio ao contingente de policiais no local.#PMERJ#ComVocê pic.twitter.com/HJ4lPq4xah

— @pmerj (@PMERJ) January 19, 2022

Continuamos por todos os pontos do #Jacarezinho, os cães do #BAC e seus condutores patrulham inúmeras localidades da região. pic.twitter.com/nj4jHwqLWq

— @pmerj (@PMERJ) January 19, 2022

 
“Damos início a um grande processo de transformação das comunidades do Estado do Rio. Foram meses elaborando um programa que mude a vida da população levando dignidade e oportunidade. As operações de hoje são apenas o começo dessa mudança que vai muito além da segurança", disse o governador Cláudio Castro (PL) pelas redes sociais nesta quarta.

UPPs

As UPPs foram criadas em 2008 na gestão do ex-governador Sérgio Cabral, preso e condenado por corrupção. A ideia do projeto era que a polícia pacificaria as comunidades que estavam sobre o controle de facções criminosos.

Ao todo, o estado chegou a ter 38 unidades, porém muitas foram extintas. Em 2018, o Rio de Janeiro sofreu uma intervenção federal.