Belo Horizonte

PM afasta 10 responsáveis pela coordenação das aulas após tapa em aluno

Porta-voz da corporação disse que não é um procedimento comum dentro da instituição e que o vídeo foi gravado em outubro - mas só agora o comando teve ciência

Vinícius Prates*- Estado de Minas
postado em 24/01/2022 13:02
 (crédito: Reprodução/Redes sociais)
(crédito: Reprodução/Redes sociais)

O tapa desferido por um policial militar em um aluno durante treinamento no Batalhão Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), em Belo Horizonte, rendeu o afastamento de dez responsáveis pela coordenação e formação dos alunos, informa o comando da PM mineira nesta segunda-feira (24/1). A corporação esclareceu, ainda, que a agressão ocorreu em outubro de 2021, mas que só tomou conhecimento após a divulgação das imagens ontem.

Após a repercussão do vídeo, que contém imagens fortes, a porta-voz da corporação, major Layla Brunnela, prestou esclarecimentos há pouco, no fim da manhã de hoje (24/1).

"De imediato houve a determinação para a instauração de um inquérito policial militar, o que foi feito pelo comando da unidade de imediato, ainda ontem. E o procedimento já começa a apurar", esclarece a oficial.



Nas imagens da agressão, há diversos homens fardados e enfileirados. No canto, outro aparece com uniforme da Rotam. Um dos fardados se posiciona de frente para a fila e, então, ataca a face de um dos participantes da aula, que cai após o golpe.

Segundo Layla, esse vídeo foi gravado em outubro do ano passado, em um curso de procedimento do Batalhão da Rotam e esse comportamento registrado não é uma atitude comum dentro da instituição.

A major também esclareceu que todos no vídeo já são policiais formados e que se trata de um curso de ampliação dos procedimentos da instituição. Os dez responsáveis pela coordenação, planejamento das aulas e formação dos alunos já foram afastados das atividades de docência e um inquérito policial foi aberto.

Os fatos serão apurados pelo inquérito e até a conclusão do procedimento, não haverá novos cursos de procedimento. Na coletiva, Layla afirmou que a previsão é de 40 a 60 dias para o encerramento das investigações.

A instituição também esclareceu que caberá à Promotoria de Justiça avaliar a gravidade e as penalidades dos envolvidos.

Os fatos aconteceram na unidade de Batalhão da Rotam e, segundo a instituição, só tomaram conhecimento da agressão ontem (23/1), após a divulgação do vídeo nas redes sociais.

*Estagiário sob supervisão do subeditor Thiago Ricci

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação