Crime

Homem coloca veneno na comida do irmão e enterra corpo no quintal de casa

Polícia descobriu cadáver enterrado nos fundos de uma residência, em Juiz de Fora, após populares relatarem mau cheiro; corpo foi achado 10 dias após o crime

A Polícia Militar descobriu um corpo enterrado há 10 dias no quintal de uma casa em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Um homem de 59 anos foi preso ao confessar o assassinato do próprio irmão, de 57, que foi envenenado. Em seguida, ele enterrou o corpo nos fundos da residência. A Polícia Militar (PM) encontrou o cadáver no sábado (15/1) após vizinhos acionarem as autoridades relatando um forte mau cheiro que vinha do imóvel situado no Bairro São Pedro, na Zona Oeste da cidade.

Assim que as autoridades chegaram ao local para apurar a denúncia dos moradores, o suspeito, inicialmente, disse que o irmão era usuário de drogas e havia sido levado por traficantes da região com os quais “ele tinha problemas”.

No entanto, de acordo com o registro policial, “os militares teriam sentindo um forte odor caraterístico de alguma coisa morta”. Indagado a respeito, o homem confessou – ainda segundo a PM – o homicídio do irmão e que havia planejado o crime em 2019.

Conforme seu relato, a vítima, por ser dependente químico, “vinha trazendo vários problemas para a família”.

O autor contou que comprou vários frascos de um veneno conhecido popularmente como “chumbinho” no fim do ano passado e testou a substância em um galo. Com a morte do animal, ele teve a certeza de que o veneno também funcionaria com o irmão, aponta o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) da PM.

Então, o plano de execução foi colocado em prática no dia 5 de janeiro, quando o autor, segundo seu relato à PM, comprou uma marmita de comida e a batizou com o chumbinho.

O veneno também foi colocado em um copo de suco. A vítima ingeriu o alimento no almoço e, após cerca de 30 minutos, foi achada morta pelo irmão no banheiro.

Ainda conforme o Reds, o homem contou que enrolou o corpo em um cobertor e o deixou no quintal enquanto, durante seis dias, se dedicava a abrir uma cova para enterrá-lo. Na tentativa de amenizar o mau cheiro, ele disse que usou vários produtos de limpeza no cadáver.

No quarto do autor do crime foram apreendidos nove frascos de chumbinho, dos quais três estavam vazios e seis cheios.

Com apoio do Corpo de Bombeiros, o local foi escavado e a vítima foi encontrada seminua dentro da cova. Como de praxe, a perícia da Polícia Civil também esteve no local e liberou o corpo, que foi conduzido pelo serviço funerário ao Instituto Médico Legal (IML).

O homem teve a prisão em flagrante ratificada na delegacia e, posteriormente, foi levado para o sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.

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