Sul de Minas

Câmera flagra ataque de pitbull a criança no meio da rua

Professor de jiu jitsu viu a cena e conseguiu salvar a menina. Dono do animal não foi localizado; cachorro foi levado para área rural, mas fugiu

Camila Dourado/ Especial para o Estado de Minas
postado em 04/02/2022 15:03 / atualizado em 04/02/2022 15:03
IImagem mostra momento exato do ataque do pitbull, no Bairro Catumbi, em Três Pontas -  (crédito:  Reprodução de vídeo)
IImagem mostra momento exato do ataque do pitbull, no Bairro Catumbi, em Três Pontas - (crédito: Reprodução de vídeo)

As imagens de uma criança sendo atacada por um pitbull em Três Pontas, no Sul de Minas, repercutiram nas redes sociais. As imagens são impressionantes e mostram o momento em que a menina é atacada (veja vídeo abaixo). Um professor de jiu jitsu viu a cena e conseguiu salvar a vítima.

O vídeo foi gravado por uma câmera de segurança de um estabelecimento comercial na rua 15 de novembro, no Bairro Catumbi, em Três Pontas. O caso aconteceu na tarde dessa quinta-feira (03/02), quando mãe e filha estavam passando pelo local.

Mãe e filha passam pela calçada e o cachorro vem na direção das duas. O animal cheira a criança, a mãe puxa a filha e as duas descem da calçada. O pitbull vai atrás e cheira a mulher. Na sequência, ataca a criança. A mãe tenta salvar a filha puxando a menina, mas não teve jeito.

Um professor de jiu jitsu, que mora no local, ouviu a movimentação e saiu para ajudar. “A gente nunca viu o cachorro ali. Mas ele estava bem tratado, parece que tem dono. Meio filhote, quase na fase adulta. Sou faixa preta e professor de jiu jitsu. Não pensei duas vezes”, conta Felipe Reis Santos. 

De acordo com Felipe, o cachorro tinha atacado a região da costela da criança e não tinha mais jeito de soltar.

“Eu tentei abrir a boca dele, mas nada. Aí lembrei do mata leão para solar o animal. Isso é ensinado na academia. O pessoal me ajudou. Quando o cachorro já estava meio mole, conseguimos soltar. Eu o segurei até a menina entrar no veículo”, relatou.

Apesar do susto, Felipe disse que aparentemente os ferimentos foram superficiais. A reportagem ainda não conseguiu contato com a família.

Ronaldo Batista, que é adestrador de cães, explica que o cachorro, independentemente da raça, quando é estimulado de maneira aleatória, não sabe os limites de quando começar ou terminar uma brincadeira.

“O cachorro deve ter saído de casa, cheirou a mãe e quando ele virou para a criança, a menina deve ter desesperado e gritado. O som agudo excita muito o animal. O drive do pitbull é muito alto. No momento em que a mãe puxa a menina, a criança passa a virar objeto de caça. Independentemente da raça, para chegar nesse ponto, o animal não deve ter tido um bom treinamento ou cuidado. Isso tudo vira um combo que desperta esses gatilhos”, diz Ronaldo.

De acordo com a Polícia Militar, a criança foi socorrida por populares e quando os militares chegaram ao local, encontraram o pitbull amarrado, mas sem ferimentos.

Ainda de acordo com a PM, os militares não conseguiram localizar o dono e também não conseguiram um órgão responsável para cuidar do animal.

O pitbull foi levado para a zona rural para ser alimentado, mas, ainda de acordo com a polícia, ele conseguiu fugir.

 

 

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