O sábado foi marcado por atos no Brasil cobrando justiça pelo brutal assassinato do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, assassinado em 24 de janeiro no quiosque Tropicália, localizado na Barra da Tijuca, no Rio. A ideia também frisou a importância da luta contra o racismo e a xenofobia. Os manifestantes também destacaram a integração social e econômica de refugiados africanos e o compromisso do país com a promoção de oportunidades para todos.
Os atos contra o racismo e a xenofobia se deram de forma pacífica e reuniram centenas de pessoas. As manifestações foram feitas em pelo menos 12 capitais. Foram elas: Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Natal, Porto Alegre, São Luís, Curitiba, Cuiabá e Fortaleza.
No Rio, a movimentação começou no quiosque onde Moïse foi morto e depois o grupo realizou uma passeata pela orla. Houve um princípio de tumulto, onde alguns manifestantes tentaram quebrar alguns dos estabelecimentos próximos, mas foi logo dispersado. A comunidade congolesa esteve presente e bradou durante a passeata: "Somos africanos, gritamos por nossos ancestrais e vamos nos encher deles".
Em Brasília, os grupos foram em direção ao Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty). Em Salvador, a manifestação percorreu o Pelourinho e contou com os batuques do Olodum.
Moïse também prestava serviços para o quiosque Biruta, na mesma praia. A Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu transformar os estabelecimentos em memorial em homenagem à cultura congolesa. A prefeitura também decidiu conceder à família do africano a gestão de um dos quiosques na Barra da Tijuca.
A iniciativa tem o objetivo de promover a integração social e econômica de refugiados africanos e reafirmar o compromisso da cidade com a promoção de oportunidades para todos. A ação foi realizada em parceria com a Orla Rio, concessionária que opera os estabelecimentos.
A prefeitura disse, ainda, em nota, que, durante a investigação do crime, o contrato de concessão com os atuais operadores dos quiosques está suspenso, e que, "caso se comprove que eles não têm qualquer envolvimento no crime, a Orla Rio discutirá a transferência para outro espaço''. Caso contrário, o contrato será cancelado. Ainda não há prazo para a execução do projeto. Neste momento, a Prefeitura está conversando com a família".
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